Enviado da UE diz que Israel violou direito internacional
O enviado da União Europeia, Sven Kuehn von Burgsdorff, criticou Israel no sábado pela “proporcionalidade” da força que usou em sua recente operação militar em Jenin, e acusou Jerusalém de violar a lei internacional.
Burgsdorff, fez seus comentários quando liderava uma delegação de funcionários da ONU e diplomatas de 25 países ao campo no norte da Samaria e Judeia.
Seus comentários ecoaram os do Secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, que na quinta-feira disse a repórteres que “houve uma força excessiva usada pelas forças israelenses” em sua operação de 48 horas, a maior que Israel realizou no território palestino em anos.
Doze palestinos que Israel afirma serem combatentes foram mortos. A maioria foi reivindicada por grupos terroristas. Um soldado israelense morreu.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamou o campo de “ninho terrorista”.
“Estamos preocupados com o uso de armas e sistemas de armas que questionam a proporcionalidade dos militares durante a operação”, disse Kuehn von Burgsdorff sobre a operação.
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Burgsdorff disse a repórteres que o ataque “doloroso” violou a lei internacional e pediu a Israel para pôr fim ao conflito.
“Esse ciclo de violência tem que acabar, não pode continuar. Se não houver solução política para o conflito, vamos estar aqui daqui a uma semana, daqui a um mês, daqui a um ano, sem nada mudar”, acrescentou.
Enquanto a delegação visitava o campo, as autoridades locais testaram um novo sistema de alarme em todo o campo para alertar sobre futuros ataques.
As tensões entre israelenses e palestinos têm aumentado em toda a região no último ano e meio, com os militares realizando operações quase todas as noites, em resposta a uma série de ataques terroristas palestinos mortais.
Desde o início deste ano, os ataques palestinos em Israel mataram 25 israelenses.
O campo de Jenin foi palco de várias operações em larga escala pelos militares israelenses este ano, mas a desta semana foi a maior desse tipo na região desde a Segunda Intifada do início dos anos 2000.
Os funcionários da ONU fizeram um apelo por fundos para ajudar a reconstruir o campo.
“Para restaurar os serviços e aumentar o apoio às crianças, precisamos de dinheiro… nosso apelo é desesperadamente subfinanciado”, disse Leni Stenseth, vice-comissária-geral da agência da ONU para refugiados palestinos.
“Peço que considere anunciar seu apoio ao trabalho que faremos aqui no campo de Jenin nas próximas semanas e meses o mais rápido possível”, acrescentou ela.
Na quinta-feira, a Argélia anunciou US$ 30 milhões para “ajudar a reconstruir a cidade palestina de Jenin após o ataque bárbaro e criminoso” de Israel, e os Emirados Árabes Unidos, que normalizaram os laços com Israel em 2020, disseram na quarta-feira que dar US$ 15 milhões.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Fotos: FDI e Shutterstock
Como sempre os palestinos dando uma de coi,tadinhos,quem defende eles é igual a eles,que matam pessoas inocentes por conta do ódio que eles tem de Israel.