Entidades judaicas criticam discurso de Lula
O StandWithUs Brasil e o Instituto Brasil-Israel criticaram nesta quarta-feira, dia em que Israel comemorava seus 75 anos de Independência, uma declaração dada pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em visita à Espanha.
Em um discurso no qual criticou diretamente as Nações Unidas (ONU) e voltou a relativizar a guerra na Ucrânia após condenar a “violação” de seu território, o presidente brasileiro falou: “A ONU era tão forte que, em 1948, conseguiu criar o Estado de Israel. Em 2023, não consegue criar o Estado palestino”.
Diz a nota de esclarecimento do StandWithUs, entidade que atua no combate ao antissemitismo:
“Ao contrário do que disse o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, hoje em Madri, Israel não foi criado pela Organização das Nações Unidas. Em 1947, o que a Partilha da ONU preconizou foi a criação de dois países, um para judeus e outro para árabes. Os judeus aceitaram, os árabes, não. O Estado de Israel foi fundado depois de uma guerra empreendida pelos exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque contra os judeus”.
“Hoje Israel comemora Yom HaAtzmaut, o Dia da Independência de um país de apenas 75 anos, e é vital preservar a memória e os fatos, para que a história seja contada de forma justa”.
A nota do Instituto Brasil-Israel, que visa a disseminação de conhecimento sobre Israel, diz que “o presidente Lula disse hoje, dia em que se comemora a Independência de Israel, que foi a ONU que criou o Estado Judeu – e não criou o Estado palestino. Lamentamos a imprecisão dos fatos descritos, o que pode gerar uma incompreensão sobre o conflito entre Israel e Palestina. É um tema complexo e o caminho para a paz exige, também, profundo conhecimento da situação.
LEIA TAMBÉM
- 21/03/2023 – Brasil homenageia primeira-dama de Israel
- 02/10/2022 – Números finais da eleição brasileira em Israel
- 08/09/2022 – Israel comemora o Bicentenário da Independência do Brasil
A Embaixada de Israel no Brasil também emitiu uma nota lamentando a declaração do Presidente Lula. “A verdade é o contrário e é importante olhar para os fatos históricos”.
“Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia da ONU votou uma proposta para dividir o território do mandato britânico em dois estados: judeu e árabe. À frente da reunião da Assembleia das Nações Unidas estava o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha. Os judeus – a liderança de cerca de 600 mil pessoas que viviam na área do mandato – concordaram. Os árabes que viviam na área do mandato e os países árabes vizinhos não aceitaram a decisão e lançaram um ataque às aldeias e cidades judaicas e ao estado recém-fundado. Na guerra que nos foi imposta, vencemos e estabelecemos um Estado – o Estado de Israel. A ONU deu a oportunidade do estabelecimento de um Estado Árabe/Palestino em 1947. Os árabes tiveram a oportunidade de estabelecer um estado e o rejeitaram, provavelmente pensando que derrotariam Israel e estabeleceriam um estado em todo o território do mandato britânico relevante”.
“Há uma longa disputa territorial entre Israel e os palestinos, e a decisão sobre o futuro dos territórios disputados deve ser resolvida por meio de negociações bilaterais. Alguns palestinos recorrem a métodos violentos e terroristas na tentativa de alcançar uma solução para a disputa e, portanto, Israel é forçado a agir contra eles e, portanto, a vida de muitos de seus irmãos palestinos é pior do que poderia e deveria ser”.
“A única forma de resolver a questão é por meio da negociação e não pela violência ou por declarações historicamente infundadas”.
Foto: Captura de tela (TV Brasil)
O nosso presidente não sabe o que fala!
está por fora da história, a sua intenção é favorecer os Árabes, sempre foi simpatizante do Sr. Arafat que Deus o tenha, portanto jamais ele defenderá o Estado de Israel, Israel sempre lutou belo bem do seu povo, feliz 75 anos de Independência, pois foi a bravura de poucos soldados, comparando com o grandioso exército e bem preparado Árabes/Britânicos que Israel venceu a guerra!
Pingback: Pró-palestinos protestam em Manaus - Revista Bras.il
Pingback: Lula: "resposta israelense é tão grave quanto atrocidades do Hamas" - Revista Bras.il