Enquanto dentro do coração, uma alma judaica ainda pulsa…
Por Mary Kirschbaum
Neste exato momento que sento-me a escrever-lhes, não sei o que será de nós.
Ao despertar na minha casa em Tel Aviv, onde moro há cinco anos, desde que tomei a decisão de vir para este pequeno estado judaico, do qual sempre ouvi falar (desde a mais tenra infância, no jardinzinho, do I. L. Peretz, colégio judaico sionista, em que estudei minha vida inteira), já não sou mais a mesma pessoa. Nem este pequeno, único, país judaico do mundo.
Entrando no décimo quarto dia de guerra, onde Israel vai a combate para tentar resgatar nossos “irmãos” reféns, ou seja, as crianças, mulheres, homens, vítimas de selvagens e desumanos terroristas que os raptaram e não sabemos o que lhes aconteceu… Depois de exterminarem da forma mais cruel que se possa ter lembrança, de que já se ouviu falar, desde que o mundo é mundo, só vencido pelas câmaras de gás, onde meu povo foi também barbaramente arrastado para se “tentar” o seu extermínio, outros milhares de crianças, jovens, mulheres, homens, idosos e toda uma população que se encontrava no sul deste pequeno paisinho…
Estamos em guerra. Em guerra contra o terror. Em guerra contra a selvageria. Em guerra contra a barbárie, a bestialidade humana.
Isto não está sendo fácil.
Do meu lado me preocupo com a família, que se encontra aqui, adaptados e vivendo suas vidas já há bastante tempo, já tendo deixado de ser brasileiros. São israelenses agora.
E eu? Não estou aqui há tanto tempo assim. Cinco anos. Suficientes para amar este país. Suficientes para me apegar a todas as nuances características deste paisinho, que não só é meu estado judaico, do qual sempre ouvi falar, que em épocas de antissemitismo, poderíamos nos refugiar, e teríamos o melhor e mais forte exército do mundo para nos defender… como aprendi a amar seu povo, suas crianças, jovens e adultos que já se encontravam aqui quando cheguei. Hoje saio caminhando por estas ruas de Tel Aviv, pego a estrada e vou até uma praia paradisíaca de Hertzliya. Depois posso descer até o mar morto e querer chegar na cidade linda, que é Eilat, com suas praias de corais e peixinhos. Posso também pegar outro rumo e chegar nas colinas do Golan, e apreciar as mais belas paisagens, deste lindo, pequenino, mas imenso pais, imenso de alma, de história… de humanidade.
Que será de nós?
Não sei. Só sei que amo muito mais este país agora.
Desejo tanto quanto qualquer israelense, que suas crianças e familiares sejam devolvidos.
E que possamos sentar todos na varanda novamente e contar as aves migratórias. “As crianças nas férias vão brincar de pega-pega, entre as casas e os campos… você vai ver, você verá como vai ser bom…”
Am Israel Chai! E venceremos esta guerra!!!
Sim Mary, vamos vencer. Haverá um custo alto em vidas para todos nós, mas seguiremos em frente, nos refazeremos e celebraremos a vida novamente.
Lindo texto Mary, sempre seremos vencedores, nossa alma , nosso povo ,a união que sai de dentro de cada um de nós nos da essa força עם ישראל חי
Mais um excelente texto desta excelente psicóloga. Muita sensibilidade para mostrar o drama humano que hoje acontece nesta sociedade única no mundo – ninguém gosta de guerras, mas se temos que lutar, que seja por uma causa justa – e esta causa deste povo judeu é de fato uma questão de justiça – por isso venceremos.
E COMO EU O INVEJO, GOSTARIA DE POSER COMPARTILHAR DE SUA SORTE. MESMO AGORA, ISRAEL CONTINUA SENDO O MELHOR LUGAR DO MUNDO. PARABÉNS!
VENCEREMOS.
AM ISRAEL CHAI.
Que vençamos o terror parando de matar crianças palestinas e resgatem os refens com sabedoria e não violência. Que nossos líderes encontrem uma solucao pacífica onde os judeus e palestino possam desfrutar de suas terras. Que todos, não importa a nacionalidade ou religião, possam retirar o véu de ideologias de ódio, e trabalhar para que possamos crescer juntos com nossos irmãos e irmãs.