Embaixadores e artistas participam de comício pelos reféns
As famílias dos reféns detidos em Gaza vão se reunir em Tel Aviv, neste sábado à noite, com uma lista de oradores e músicos internacionais para exigir a libertação dos 125 reféns ainda detidos pelo Hamas desde 7 de outubro, que possuem cidadania de 24 países.
Mensagens de vídeo da ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton e do apresentador americano Dr. Phil serão exibidas para o público no evento.
Haverá também discursos dos embaixadores em Israel dos EUA, Jack Lew, do Reino Unido, Simon Walters, da Alemanha, Steffen Seibert, e da Áustria, Nikolaus Lutterotti.
O encontro contará com apresentações musicais da representante israelense do Eurovision 2024, Eden Golan, bem como de Montana Tucker, Noga Erez, Netta Barzilai e Lola Marsh.
De acordo com uma reportagem não confirmada do site de notícias Ynet, Golan pode apresentar a versão original da peça preparada para o Eurovision. Ela cantou “Hurricane” no concurso de música na semana passada, depois que a letra de “October Rain” foi rejeitada pelos organizadores, alegando que era demasiado política com referências ao ataque do Hamas.
Entre os familiares dos reféns que vão falar, estão Rachel Goldberg-Polin, mãe do americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, Yael Alexander, mãe do americano-israelense Edan Alexander, Itzik Horn, pai dos irmãos argentino-israelenses Eitan e Yair Horn, Ayala Yahalomi, irmã do franco-israelense Ohad Yahalomi, Evgenia Kozlov, mãe do russo-israelense Andrey Kozlov.
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O evento será apresentado pelo ex-porta-voz do governo Eylon Levy e acontece na Praça dos Reféns de Tel Aviv.
A manifestação ocorre no momento em que diminuem as esperanças de um acordo de reféns e de trégua entre Israel e o Hamas, e um dia depois de os militares anunciarem que os soldados recuperaram os corpos de três reféns na Faixa de Gaza, enquanto intensos combates aconteciam entre as forças israelenses e o grupo terrorista.
Em meio a protestos das famílias dos reféns e depois das grandes manifestações antigovernamentais que ocorreram semanalmente nos meses anteriores ao 7 de outubro, algumas das famílias acusam o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de bloquear um acordo por razões políticas.
Uma outra manifestação pedindo eleições antecipadas foi marcada para as 19h30, deste sábado, na Rua Kaplan, em Tel Aviv.
Os organizadores pediram aos participantes que se juntassem às famílias dos reféns para se reunirem na entrada próxima do Ministério da Defesa, no final do protesto antigovernamental.
Algumas famílias de reféns, frustradas pelo fato de, após sete meses de guerra, os seus entes queridos ainda estarem em cativeiro, viraram-se contra o governo, manifestando-se publicamente contra os líderes do país.
Espera-se a presença de milhares de pessoas pedondo eleições em comícios em outros locais do país, disseram os organizadores.
Os organizadores do protesto também pediram um “dia de paralização” na segunda-feira, quando a Knesset retornar após o recesso de primavera.
Os partidos da oposição pressionaram os legisladores a cancelar as férias, argumentando que era errado interromper as atividades legislativas durante a guerra e enquanto os reféns estavam detidos em Gaza.
Os eventos planejados para segunda-feira incluem uma carreata na estrada para Jerusalém e um comício em frente à Knesset, às 17h.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Shutterstock