Egito alerta Israel sobre risco do tratado de paz
O Egito e a Arábia Saudita se juntaram para criticar Israel sobre a possível ofensiva terrestre na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter indicado que tal campanha estaria prestes a acontecer.
Netanyahu anunciou na sexta-feira que ordenou aos militares israelenses que apresentassem ao gabinete um plano para evacuar a população civil da cidade, aumentada em mais de um milhão de refugiados do norte e centro da faixa, e destruir os batalhões restantes do Hamas na área.
De acordo com Netanyahu, um ataque a Rafah é fundamental para completar o objetivo de guerra declarado de Israel de desmantelar o Hamas. No início da semana, o primeiro-ministro rejeitou os termos “ilusórios” do Hamas para um acordo de reféns, que incluía a retirada total das tropas israelenses da Faixa e a libertação de centenas de terroristas que cumpriam penas de prisão perpétua.
“Há espaço limitado e grande risco de colocar Rafah sob nova escalada militar devido ao número crescente de palestinos lá”, disse o ministro do Exterior egípcio, Sameh Shoukry, no sábado, durante uma coletiva de imprensa, alertando que uma escalada teria “consequências terríveis”.
O Wall Street Journal informou, na sexta-feira, que as autoridades egípcias alertaram que o tratado de paz de décadas entre o Egito e Israel poderia ser suspenso se as tropas das Forças de Defesa de Israel entrassem em Rafah, ou se algum dos refugiados de Rafah fosse em direção ao sul, para a Península do Sinai.
Além disso, a Arábia Saudita, que já condicionou a normalização com Israel ao fim das hostilidades e a medidas rumo ao estabelecimento de um Estado palestino, emitiu um comunicado, neste sábado, alertando sobre “as repercussões extremamente perigosas do ataque à cidade de Rafah, na Faixa de Gaza”, visto que a cidade é “o último refúgio para centenas de milhares de pessoas”.
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A Reuters informou que, num esforço para impedir um afluxo maciço de refugiados, o Egito estacionou nas últimas duas semanas cerca de 40 tanques perto da sua fronteira com Gaza, depois de ter reforçado o muro fronteiriço desde o início das hostilidades, tanto estruturalmente como com equipamento de vigilância.
Na sexta-feira, o Canal 12 de Israel também informou que o Chefe do Estado-Maior das FDI, Herzi Halevi, se opunha ao plano de Netanyahu para uma campanha rápida em Rafah, dizendo que. embora os militares sejam tecnicamente capazes de tal operação, seria imprudente realizá-la sem coordenação com o Egito e sem planos para a enorme população de refugiados da cidade.
Netanyahu, de acordo com a reportagem, acha que as FDI precisariam encerrar uma campanha em Rafah até o início do Ramadã, em 10 de março, o mês sagrado muçulmano.
As advertências dos dois países árabes seguem-se a advertências semelhantes dos Estados Unidos, onde figuras importantes da administração do Presidente Biden condenaram publicamente a perspectiva de uma ofensiva em Rafah, classificando-a como um “desastre”. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, também foi citado pela Reuters dizendo que “há uma sensação de ansiedade crescente, de pânico crescente em Rafah porque basicamente as pessoas não têm ideia para onde ir”.
O Hamas emitiu um comunicado neste sábado dizendo que a ação militar em Rafah teria repercussões catastróficas que “podem levar a dezenas de milhares de mártires e feridos”, pela qual o grupo terrorista consideraria “a administração americana, comunidade internacional e a ocupação israelense responsáveis”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Amos Ben Gershon (GPO)
O Egito não tem moral nenhuma para ameaçar Israel já que permite há décadas o contrabando de armamento pesado para o Hamas! É um país traiçoeiro e hostil, interesseiro e ingrato já que pediu socorro a Israel para derrotar o Isis, e Israel derrotou o Isis instalado no Sinai! O mundo tem que aprender a respeitar-nos por bem ou por mal.
Emília Sandler com 100% de razão! Todo apoio ao Primeiro Ministro e IDF. O trabalho não pode parar no meio! Tem que terminar e mandar todo o Hamas arder no inferno!