Documentário sobre Anne Frank na Netflix
Produção sobre os horrores sofridos por Anne Frank e cinco sobreviventes no Holocausto apresenta depoimentos fortes de um episódio que tem eternas cicatrizes.
De origem judia, Anne Frank nasceu na Alemanha, mas com o início do Holocausto, fugiu pela Europa até se esconder por um bom tempo num porão em Amsterdã, refugiada por uma família que a abrigava contra as fiscalizações das forças alemãs.
Sua história ficou bastante conhecida diante da revelação de um diário onde descreveu as tensões e os horrores pelos quais passou. Ela conseguiu sobreviver até quase a queda do Reich. No entanto, no fim da guerra, em 1944, sua família acabou sendo denunciada e os nazistas a encontraram, levando-a para um campo de concentração.
Anne morreu no ano seguinte, no campo de Bergen-Belsen, por conta do tifo, doença propícia a existir nas condições intencionalmente deploráveis dos estabelecimentos do genocídio. Porém, sua trajetória rodou o mundo, e possibilitou a produção de um documentário: AnneFrank – Vidas Paralelas, uma produção italiana distribuída pela Netflix que foi disponibilizada na última quarta-feira, 1.
É uma narrativa guiada pela vencedora do Oscar Helen Mirren que, através dos relatos do diário da jovem judia, conta a história e os horrores vivenciados por ela e sua família. O filme é dirigido por Anna Migotto e Sabina Fedeli.
Além de Anne, essa jornada aborda a vida de mais cinco sobreviventes do Holocausto: Arianna Szörenyi, Sarah Lichtsztejn-Montard, Helga Weiss e as irmãs Andra e Tatiana Bucci. Todas elas eram apenas crianças quando começaram a ser caçadas pelos nazistas. As mulheres, ainda vivas, participam do documentário levando uma narrativa forte aos que assistem.
As diretoras do documentário esclarecem que a obra foi uma forma de expor e reacender o debate relativo aos horrores do Holocausto, num momento em que os negacionismos e a banalização transformaram essa história em um acontecimento trivial. “AnneFrank” traz a tona o compromisso da denúncia contra esse crime humanitário e o combate ao legado do Terceiro Reich.
Foto: Divulgação Netflix
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