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Dispositivo de segurança para evitar afogamento

Sam Weitzman tinha acabado de tirar uma foto com seus dois filhos pequenos e saiu da piscina para entregar o mais novo à esposa quando percebeu que o filho mais velho, então com quatro anos, estava desaparecido.

“Olhei e o vi no fundo da piscina, tentando se levantar”. E foi este incidente que o inspirou a criar o dispositivo de segurança de inteligência artificial (IA) que alerta os pais sobre perigos potenciais à beira da piscina, o PoolScout.

Weitzman trabalhava então como consultor de investimentos no Citibank, e percebeu que a inteligência artificial, especificamente a tecnologia de aprendizagem profunda poderia ser aproveitada para reduzir drasticamente o tempo de resposta a tais incidentes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o afogamento é a terceira causa mais comum de morte por lesões não intencionais no mundo, sendo responsável por 7% de todas as mortes relacionadas com essas lesões. A OMS afirma que as maiores taxas de afogamento ocorrem entre crianças de 1 a 4 anos, seguidas por crianças de 5 a 9 anos.

Israel, diz Weitzman, foi um dos pioneiros no uso de aprendizagem profunda para aplicações de segurança. Ele estava trabalhando com clientes envolvidos em projetos de segurança, incluindo como usar IA para identificar alguém com uma arma, e chegou à conclusão de que a mesma tecnologia que pode reconhecer alguém carregando um AK-47 poderia ser usada para minimizar afogamentos de crianças.

O sistema PoolScout foi projetado para atender quem tem qualquer corpo d’água em seu quintal, até mesmo uma piscina infantil. Os proprietários de piscinas, diz Weitzman, só querem ter certeza de que fizeram tudo o que podiam para maximizar as medidas de segurança, para sua própria tranquilidade.

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PoolScout usa aprendizado profundo avançado baseado em nuvem e em tempo real, que, segundo Weitzman, permite que o sistema entenda cenários perigosos específicos que acontecem dentro e ao redor de uma piscina.

A plataforma opera através de uma rede WiFi, conectando câmeras de segurança ao software de IA e a um aplicativo no smartphone do usuário. As câmeras monitoram a área da piscina, as imagens são analisadas pelo algoritmo e o aplicativo emite alertas caso surja um desses cenários perigosos.

PoolScout possui diversas funções de segurança. O primeiro, chamado “Criança sem supervisão”, pode detectar uma criança caminhando sozinha em direção à piscina. Esse recurso também pode diferenciar crianças e adultos, para que o alerta não seja acionado toda vez que um adulto se aproxima da água.

O sistema conta ainda com o alerta “Pessoa Embaixo da Água”, que soa quando alguém fica debaixo da água por mais de 10 segundos, além do recurso “Animal de Estimação na Piscina” que avisa o usuário quando um animal entra na água.

Embora existam outras empresas que oferecem sistemas de prevenção de afogamento, como a SwamCam nos EUA e a Coral Smart Pool de Israel, Weitzman diz que eles são menos sofisticados e mais caros do que o modelo de IA baseado em nuvem da PoolScout, que ele afirma estar “sempre aprendendo e sempre melhorando”.

Por enquanto, o sistema é projetado para residências particulares, com planos de expansão para locais comerciais, como academias, no próximo ano.

Fonte: Revista Bras.il a partir de NoCamels
Foto: PoolScout

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