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Dia de manifestações pelos reféns e eleições

Familiares dos reféns e seus apoiadores bloquearam a principal via de Tel Aviv durante a hora do rush na manhã desta quarta-feira, em um protesto pedindo ao governo que chegue a um acordo para libertar os cativos detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Os manifestantes abriram uma faixa com fotos de membros do gabinete de guerra que dizia “A decisão é sua, não volte do Catar sem um acordo”.

A manifestação ocorreu no momento em que negociadores israelenses estão no Catar para negociações com os mediadores para chegar a um acordo de cessar-fogo temporário nos combates que incluiria a libertação de reféns sequestrados de Israel no brutal ataque do Hamas em 7 de outubro, que deu início à guerra.

Entre os que participaram no protesto estavam Ayala Metzger, Yiftah Calderon, Shai Mozes e Yael Or, todos com familiares detidos em Gaza.

Metzger, a nora de Yoram Metzger, de 80 anos, que está detido em Gaza desde 7 de Outubro, prometeu num comunicado continuar a bloquear o tráfego enquanto os reféns permanecerem em Gaza.

“Não haverá uma realidade normal enquanto os civis israelenses definharem no cativeiro do Hamas”, disse ela. “Israel não pode ser o mesmo país enquanto lá estiverem, o governo deve fazer tudo para garantir que o acordo seja concretizado”.

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Calderon, primo do refém Ofer Calderon, disse ao Canal 13 que a maioria dos motoristas mostrou apoio aos manifestantes, embora um tenha gritado um insulto ao passar.

“Os reféns foram abandonados em 7 de outubro e estão sendo abandonados agora”, disse ela.

As negociações de trégua em Doha, mediadas pelo Catar, os EUA e o Egito, foram retomadas na noite de segunda-feira. O chefe do Mossad, David Barnea, que liderou a delegação israelense nas negociações, retornou a Israel na terça-feira.

Os mediadores esperavam chegar a um segundo acordo para libertar os reféns e interromper a guerra antes do fim do mês muçulmano do Ramadã, que começou na semana passada, mas as negociações fracassaram.

O acordo agora discutido baseia-se numa proposta discutida em Paris no mês passado para uma trégua de seis semanas em Gaza e a libertação de cerca de 40 reféns crianças, mulheres, idosos e doentes na primeira fase, em troca de centenas de prisioneiros de segurança palestinos detidos por Israel.

Ativistas que apelam a eleições imediatas também manifestaram-se na porta das casas dos deputados da coalizão. Os protestos foram realizados em frente às casas do líder do Likud, Yuli Edelstein, em Herzliya, do ministro da Educação, Yoav Kisch, em Hod Hasharon, Gila Gamliel e Boaz Bismuth, em Tel Aviv, Danny Danon, em Raanana, e da ministra da Proteção Ambiental, Idit Silman, em Rehovot.

Dezenas de manifestantes também a bloquearam esta manhã a entrada dos escritórios da UNRWA em Jerusalém, apelando ao governo israelense para proibir as atividades da Agência em Israel.

A UNRWA é acusada por Israel por manter em suas dependências esconderijos do Hamas e ter entre seus funcionários membros do grupo terrorista, com pelo menos 12 deles tendo desempenhado um papel ativo nos massacres de 7 de outubro.

“Os EUA já compreenderam e acabaram com o financiamento, mas aqui em Israel não o fizemos”, salientaram os manifestantes. “Devemos fechar a filial do Hamas em Jerusalém, agora”.

Shlomo Sarid, um dos fundadores do movimento Tzav 9 e soldado que lutou em Gaza, disse: “Eu estava em Gaza. Eu e meus amigos vimos, lá dentro, que em cada pré-escola há um túnel, em cada escola há um depósito de armas e todos os livros escolares da UNRWA incitam ao terror. Em essência, podemos compreender que a UNRWA é a raiz do Hamas e estamos em guerra contra eles”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel e Israel National News
Foto: Revista Bras.il

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