Deputados sugerem que médicos e hotéis podem recusar gays

25 de dezembro de 2022 Daniel Sasson

Dois membros da Knesset, do partido Sionismo Religioso, sugerem que empresas e até mesmo médicos possam ter permissão para afastar membros da comunidade LGBT.

Orit Strock disse na rádio pública Kan que “um médico que precisa fornecer algum tipo de tratamento que vá contra suas crenças religiosas, desde que haja outros médicos suficientes que possam fornecer o tratamento, não deve ser forçado”.

Strock não mencionou especificamente o tratamento de pacientes LGBT, mas fez os comentários no contexto de uma demanda de coalizão para permitir que tal discriminação se torne legal com base na liberdade religiosa.

Ela disse sobre as emendas que estão interessados em fazer na lei que “basicamente, as leis anti-discriminação não visam atingir casos estranhos como é o caso hoje, mas os juristas nos trouxeram até aqui”. Strock explicou que as emendas dizem respeito a três aspectos: permitir a segregação de gênero em eventos onde o público deseja fazê-lo de forma que não seja considerada discriminação, a construção de bairros residenciais para a população religiosa, da mesma forma que são atualmente sendo construído para a população beduína ou árabe, e o último “diz respeito à liberdade de uma pessoa de evitar ações que vão contra sua fé e a Halachá à qual está comprometida”.

O colega sionista religioso Simcha Rothman foi mais explícito, dizendo na mesma estação de rádio que um dono de hotel religioso pode negar serviço a um casal gay “se isso se opuser e prejudicar suas sensibilidades religiosas”.

Rothman explicou os motivos para alterar a lei: “Acredito que cada pessoa tem o direito de fazer o que quiser em seus negócios privados sem qualquer envolvimento do estado por qualquer motivo. E isso é a menos que por muitas razões. Uma das razões é a proibição da discriminação, o estado diz a uma empresa aberta ao público que você não tem permissão para discriminar por uma variedade de razões”. Rothman explicou a essência da emenda e acrescentou: “Este projeto de lei visa não abolir a proibição total de discriminação, mas vir e dizer que quando houver uma proibição religiosa de uma pessoa praticar determinada ação, ela poderá impedir e não prestar serviço. Na verdade, não vamos forçá-lo a fazer algo contrário à sua fé”.