Delegação israelense desembarca na Turquia
Uma delegação de 150 militares especialistas em resgate partiu para o sul da Turquia na noite de segunda-feira, no momento em que o país enfrenta as consequências de um terremoto devastador.
A missão de resgate israelense pousou no aeroporto de Adana, na Turquia, perto da área afetada pelos terremotos de ontem. Após a preparação inicial, as equipes se dirigiram às áreas de desastre e ali iniciaram as operações de resgate.
Funcionários do Ministério do Exterior se preparam para receber o hospital de campanha que deve chegar mais tarde.
Segundo o Coronel das FDI Golan Vach essa é a 31ª expedição da unidade nos últimos 40 anos. “Sentimos um grande privilégio em ajudar nossos vizinhos e seus cidadãos”, disse ele.
Ele disse que o forte terremoto de magnitude 7,8 e o terremoto secundário de magnitude 7,5 que abalou a mesma área no sudeste da Turquia e no norte da Síria foram um “desastre em grande escala”.
“O terremoto mais significativo a que fomos foi no Haiti. Desde então, não houve terremotos dessa magnitude”, disse Vach. “Faremos o possível para salvar vidas e ajudar o povo turco”, acrescentou.
As FDI disseram que a delegação de ajuda de oficiais do Comando da Frente Interna – a maioria reservistas – e vários oficiais do Serviço de Bombeiros e Resgate, também estava preparada para o inverno rigoroso.
Horas antes, uma pequena equipe de busca e resgate partiu para a Turquia para inspecionar a área para obter uma imagem inicial da situação no terreno, antes que a delegação maior chegasse.
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O Ministério do Exterior está avaliando um terceiro voo contendo itens humanitários e remédios.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, aprovou que as FDI estabelecessem um hospital de campanha na Turquia, de acordo com as necessidades das autoridades turcas, disse seu gabinete.
A instalação do hospital de campanha foi discutida e aprovada numa reunião com Gallant e o chefe das FDI, Herzi Halevi.
Os militares está chamenfo a operação de “Ramos de Oliveira”.
O Comando da Frente Interna é enviado regularmente para diversos lugares do mundo para ajudar em desastres naturais, incluindo terremotos, incêndios florestais, inundações e colapsos de edifícios. Uma equipe enviada para Surfside, Flórida, em 2021, ajudou a liderar os esforços de resgate em um desabamento de um condomínio.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse, na segunda-feira, que Israel também planeja enviar ajuda à Síria, incluindo tendas, medicamentos e cobertores.
Israel considera a Síria um estado hostil e os dois não têm relações diplomáticas.
Fontes sírias negaram veementemente o pedido de ajuda de Israel, e o porta-voz das FDI, Ran Kochav, disse a repórteres que os militares não estavam envolvidos em uma possível ajuda à Síria.
O presidente Isaac Herzog conversou com o líder turco Recep Tayyip Erdogan para oferecer as condolências de Israel pelas perdas sofridas no terremoto mortal.
Herzog informou Erdogan sobre a assistência que Israel estava enviando e disse a ele que se encontrou no início do dia com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o líder da oposição Yair Lapid e que eles garantiram que o país está unido em seu desejo de ajudar a Turquia.
Erdogan também enviou suas mais profundas condolências pelo ataque terrorista que matou sete israelenses em Jerusalém Oriental no mês passado, acrescentou o comunicado.
Herzog foi fundamental para restaurar os laços entre Jerusalém e Ancara no ano passado.
Também na noite de segunda-feira, o prédio da prefeitura de Tel Aviv foi iluminado com as cores da bandeira da Turquia em uma expressão de solidariedade às vítimas.
O terremoto também foi sentido por alguns moradores de Israel, embora não haja danos relatados.
Até o fechamento desta edição, o número de mortos na Turquia e na Síria ultrapassou 4.000 e o número de feridos é de mais de 15 mil, mas acredita-se que centenas de vítimas ainda estejam presas sob os escombros.
Pouco antes das 6h da manhã de terça-feira, outro terremoto de magnitude 5,6 foi sentido na Turquia.
Há temores de que o número de vítimas aumente ainda mais, com as autoridades da Organização Mundial da Saúde estimando que até 20.000 pessoas podem ter morrido.
O terremoto inicial foi tão grande que foi sentido até a Groenlândia.
Fontes: The Times of Israel e The Jerusalem Post
Foto Wikimedia Commons e FDI
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