David’s Sling faz sua primeira interceptação

Cerca de 350 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel desde o meio-dia desta quarta-feira. Mais de 150 caíram perto da fronteira ou no mar e 62 foram interceptados, disseram os militares.

Até o fechamento desta edição, as FDI continuavam a atacar lançadores de foguetes da Jihad Islâmica e células antitanque, incluindo depósitos de armas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou esta tarde, um pedido ao secretário de gabinete para aprovação do governo para a extensão da “declaração de emergência” aplicada às comunidades do sul de Israel situadas a até 80 km da fronteira de Gaza.

A extensão desse status permitirá que as FDI determinem diretrizes de segurança para a população civil dessas comunidades, evitem grandes aglomerações e fechem os locais que julgar relevantes.

Sirenes de alerta tocaram em todas as comunidades fronteiriças a Gaza e também no centro de Israel, Tel Aviv, Givatayim e Rishon Le Tzion.

Durante o ataque de foguete da Faixa de Gaza na área de Tel Aviv hoje cedo, o sistema de defesa aérea David’s Sling (foto) foi usado para interceptar com sucesso um dos projéteis, disse uma fonte militar. Essa foi a primeira interceptação bem-sucedida feita pelo sistema.

O David’s Sling, produzido pela Rafael Advanced Defense Systems, é capaz de interceptar foguetes e mísseis a um alcance de 40 a 300 km e é mais barato que o Iron Dome.

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O David’s Sling compõe o nível médio das capacidades de defesa de Israel contra mísseis, que incluem a Cúpula de Ferro de curto alcance e um nível superior dos sistemas Arrow 2 e Arrow 3, que se destinam a enfrentar mísseis balísticos de longo alcance.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocará uma reunião com autoridades de segurança na noite de quarta-feira para avaliar a situação depois dos ataques de foguetes e mísseis disparados de Gaza.

De acordo com a Autoridade de Aeroportos de Israel, o Aeroporto Ben Gurion está operando normalmente. “Não há impacto nos horários de voo. As rotas de voo foram ajustadas em conformidade e são coordenadas com a Força Aérea”, afirmou a Autoridade Aeroportuária.

Um grupo formado por vários grupos armados palestinos na Faixa de Gaza, incluindo o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina (PIJ), reivindicou a responsabilidade pelos ataques com foguetes desta quarta-feira contra Israel.

O grupo chamado Sala Conjunta das Facções da Resistência Palestina disse que os foguetes disparados contra Israel da Faixa de Gaza vieram em resposta ao assassinato israelense de três altos funcionários do PIJ e outros 10 palestinos, incluindo mulheres e crianças que foram mortos nos ataques aéreos.

“Com a ajuda e o poder de Deus Todo-Poderoso, a Sala Conjunta das Facções da Resistência Palestina anuncia a implementação da Operação Vingança dos Livres, que consiste em direcionar um grande ataque com centenas de mísseis contra locais, assentamentos e alvos do inimigo”, disse o grupo em um comunicado horas depois que os primeiros foguetes foram disparados contra Israel.

O grupo alertou que “atacar casas de civis, agredir nosso povo e assassinar nossos homens e heróis é uma linha vermelha que será confrontada com toda a força”.

Fontes na Faixa de Gaza disseram que os ataques com foguetes foram executados em coordenação entre o Hamas e a PIJ.

Segundo as fontes, o Hamas não quis assumir sozinho a responsabilidade pelos ataques, mas preferiu fazê-lo através do grupo que representa várias facções. “O Hamas quer fazer parecer que a decisão de disparar os foguetes foi tomada por várias facções, e não por um grupo”, disseram as fontes. “Mas vale a pena notar que os ataques não poderiam ter ocorrido sem uma luz verde da liderança do Hamas”.

O porta-voz do Hamas, Abdel Latif Qanou, disse que os “ataques unificados” contra Israel fazem parte da resposta ao “massacre” perpetrado pela “ocupação sionista”. Os ataques com foguetes, acrescentou, também ocorreram no âmbito da “defesa” do povo palestino.

Fontes: The Jerusalem Post e Ynet.
Foto: Ministério da Defesa. David Sling.