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Custos dificultam retorno de israelenses para votar

A decisão do Tribunal pela inconstitucionalidade da restrição de entrada em Israel removeu barreiras, mas outras dificuldades impedem os israelenses que vivem no exterior de voltar a Israel para votar. “Votar nas eleições custa 20 dias úteis”, disse um israelense que mora na Inglaterra.

Um dos fatores que torna difícil a vinda de cidadãos israelenses do exterior é a inconsistência de voos para Israel, os repetidos cancelamentos e as alteração nos horários de voo. Nesse caso, outro fator deve ser considerado: os testes de corona. Em caso de cancelamento do voo, há também a exigência de realização de novo teste e apresentação de resultado válido realizado nas 72 horas anteriores ao voo.

Além disso, os passageiros também reclamam dos preços excepcionalmente altos dos bilhetes, resultado da baixa demanda por voos, o que faz com que as companhias aéreas aumentem os preços dos bilhetes e, em alguns casos, tornem os termos de cancelamento mais restritos.

Para outros israelenses, chegar às urnas envolve um aborrecimento que inclui a perda de muitos dias de trabalho e a necessidade de encontrar uma solução de estadia em Israel durante o período de isolamento.

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“Eles abriram o céu então eu só tenho que pagar: um teste de corona na Inglaterra por cem libras, uma passagem de avião por um preço louco, dois testes corona em Israel, alugar um apartamento por dez dias de isolamento, outro teste corona em Israel, outro teste na Inglaterra ao voltar e dez dias de confinamento solitário na Inglaterra”, disse a israelense Inbar Paz.

“Quer dizer, um mês de perda de trabalho. O que me incomoda é que a única preocupação seja abrir o céu para a votação. Parece que agora eles abriram e está tudo bem, mas realmente não é assim. Moro em Londres há cinco anos e vim a Israel para votar todas as vezes. Agora, a chegada não é economicamente viável. Os custos são insanos, e não é possível”, acrescentou Paz.

A situação levou Marianne Matiash, que mora em Berlim, mobilizar simpatizantes pelo direito de voto para israelenses que não moram em Israel. Mas não está sozinha nesta iniciativa, e a Organização Sionista Mundial realizará um painel amanhã sobre o direito de votar de israelenses na diáspora. Foram feitas consultas sobre o assunto a membros da Knesset e a políticos, mas nenhuma resposta foi recebida de nenhum deles.

Elad Edelman, diretor do grupo “Vote Abroad Israel” do Facebook escreveu: “A lei deve ser adaptada ao século 21 e permitir que os residentes israelenses que estão temporariamente no exterior votem nas embaixadas. O medo de que aqueles que não vivem realmente em Israel influenciarão as decisões são claras e legítimas. “Também não há necessidade de exagerar e nocautear as dezenas de milhares de pessoas que viajam por curtos períodos. Existem soluções”.

Edelman também disse que está com dificuldades para decidir agora se voará para votar ou não. “Estou na Suíça, que atualmente também exige isolamento. Votar para mim, além de perda de tempo e custos de viagem, significaria perder 20 dias de trabalho e um grande projeto, sem falar nos custos. O preço de um teste corona na Suíça é de 180 francos suíços.”

Segundo levantamento feito pelo Ministério do Exterior, após a decisão do Supremo Tribunal, apenas cerca de 1.880 israelenses no exterior afirmaram que gostariam de retornar a Israel para votar.

Mas mesmo para os israelenses que conseguem chegar a Israel, são esperadas outras dificuldades. Seguindo a decisão do Supremo Tribunal, o Ministério e o Magen David estão considerando dificultar a saída do país com a ajuda de uma burocracia que incluirá a exigência de um grande número de testes antes do voo.

Fonte: Walla

Foto: Roger Schultz (Wikimedia Commons)

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