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Crescei-vos e multiplicai-vos

Por Nelson Menda

Asseguram nossos sábios que é praticamente impossível para nós, simples mortais, prever o futuro. Concordo em gênero, número e grau, apesar de reconhecer que muitos incautos ainda acreditam, piamente, em cartomantes, bolas de cristal e outros recursos utilizados para engambelar ingênuos. Ou, analisando por um outro prisma, por ingênuos que fazem questão de se deixar engambelar.

Quando meus avós chegaram ao Brasil, na década de vinte do século passado, julgavam ter encontrado, finalmente, o Jardim do Eden. A Leal e Valerosa Porto Alegre, apesar dos rigores do clima, era uma cidade encantadora e hospitaleira. Com um povo gentil e extremamente educado, banhada por um rio de águas tranquilas que mais parecia um mar, de tão vasto, e contando com sistemas de educação, saúde e transportes públicos de fazer inveja a qualquer capital europeia, a cidade em que nasci, sem sombra de dúvida, fazia jus aos versos de Olavo Bilac: “Ama com Fé e Orgulho a Terra em que Nasceste”. Além de amá-la eu sentia um enorme orgulho ao encher o peito e afirmar, alto e bom som, da satisfação em ter nascido no Rio Grande do Sul.

Todavia, passadas algumas poucas décadas, que diabos estou fazendo, com minhas filhas e netos, em Portland, Oregon, a milhares quilômetros de distância daquela que deveria ter sido, na visão de Abraham Peissahk e David Menda, meus avós materno e paterno, o lugar ideal para lançar âncora e cumprir o mandamento divino do crescei-vos e multiplicai-vos?

É o que pretendo relatar a você, meu caro leitor, nos próximos capítulos deste Blog.

Foto: Flickr (Porto Alegre, postal antigo, Praça Parobé)

9 comentários sobre “Crescei-vos e multiplicai-vos

  • Nelson, será interessante acompanhar a jornada dos imigrantes da década de 20 neste nosso Brasil.
    Continue nos apresentando a tua visão de todo o caminho traçado até agora, reunido com tuas filhas e netos nos USA.

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  • Aguardo os próximos capítulos, espero que venham em breve.

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  • Muito bom te ouvir amigo Nelson.
    Santa Maria, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Flórida e agora Oregon. Será que farás como o Abraham que saiu de Ur, da casa de seus pais, ouvindo a voz de Hashem para chegar a Promised Land? good luck!…
    Keep up the good job! Aguardo as próximas edições.
    Com um abraço, Max Nahmias

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  • Oi, Beto. Agradeço a sugestão, pois o processo migratório, tanto no Brasil quanto nos demais países e continentes, é um fenômeno contínuo. Nossos avós foram os mais corajosos, pois não contavam com os recursos e as informações de que dispomos atualmente. Alguns saíram do Rio Grande do Sul, por trem, e se radicaram em São Paulo, a locomotiva do Brasil. O que irá acontecer daqui para a frente ainda é uma incógnita, mas é forçoso acreditar que essa busca por melhores condições de vida faça parte do nosso próprio DNA.

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  • Parabéns pelo blog! Aguardando a continuação do texto…..

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  • Mudou de novo, rs. Aguardando os textos, um abraço, Cláudio

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  • Fantástica iniciativa Nelson, estou ansiosa pela continuação do texto. Um abraço.

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  • Meu Caro Brother.
    Muito boa esta tua ideia, parabéns e a todos nos também já que vamos estar mais próximos de ti e poder saber de tuas andanças pelos sete mares e que pelos retornos acima lidos temos uma ideia do bom material que virá para tanta gente que faz parte das tuas relações.
    Grande abraço, Bernardo Falk, que foi teu admirador desde o tempo em que fazias com bonecos a alegria das crianças carentes na Creche do Mato Sampaio, e que foi construída por teus pais Marieta e Alberto Menda de saudosa memória.

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  • Minha familia sempre me surpreendendo . Por essa nao esperava. Ver a nossa historia publicada e um aspecto positivo, ja que a trajetoria dos Menda / Peissahk naonfoi pouca coisa. Deixamos nosso nome em muitos cantos de varios paises.
    Aguardando os proximos capitulos

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