Controladoria recomenda informatizar eleições
O controlador estadual Matanyahu Englman pediu ao Comitê Central de Eleições que retome o processo de mudança para a votação computadorizada em Israel, em um relatório divulgado na quarta-feira.
Israel está entre os poucos países ocidentais que não têm votação computadorizada, com os eleitores israelenses ainda votando colocando cédulas de papel em envelopes.
No mínimo, escreveu Engleman, Israel deveria informatizar seus bancos de dados de eleitores e o processo de identificação dos eleitores nas assembleias de voto, e que sistemas de computador adequados poderiam eliminar a necessidade de envelopes duplos nas urnas.
Em Israel, a votação no exterior é limitada a diplomatas e outros emissários. No entanto, a controladoria apurou que outros 1.600 que não estavam no país, no dia das eleições, votaram, aparentemente por enviar alguém para votar por eles ou devido a irregularidades nos locais de votação.
Segundo o relatório, 78 mortos votaram na eleição de 2020 para a 23ª Knesset. Quase um quarto dos votos de envelope duplo desqualificados foram emitidos por secretários ou membros de comitês locais de votação, que têm a autoridade para manter a votação adequada às regras.
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O controlador examinou os dados das três eleições em 2019 e 2020 e encontrou problemas no sistema de informática do Comitê Central de Eleições, que tem 14 anos e não é seguro. Ele recomendou que se proíba que uma pessoa tome decisões sobre desqualificação de cédulas e que se busque a definição de novas diretrizes de política cibernética que estejam mais alinhadas com os padrões internacionais.
O Comitê Central de Eleições disse que muitas das recomendações do controlador já foram implementadas durante o período desafiador de quatro eleições em dois anos.
O comitê contou com a colaboração do ex-chefe da Autoridade Cibernética Nacional Buki Carmeli, que ajudou a melhorar seus sistemas de defesa. Um porta-voz do comitê disse que os dados da controladoria sobre pessoas votando no exterior ou mortos estavam incorretos.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: Canva