IsraelNotícias

ONU aprova resolução sem condenar o Hamas

O Embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, criticou na sexta-feira o Conselho de Segurança da ONU (CSONU), depois da aprovação de uma resolução pedindo uma trégua em Gaza, novamente não condenando o ataque do Hamas em 7 de outubro contra Israel.

O Conselho aprovou a resolução por 13 votos a zero. Estados Unidos como a Rússia se abstiveram.

“Agradeço ao Presidente Joe Biden, à Embaixadora Linda Thomas-Greenfield e à Missão dos EUA na ONU por permanecerem ao lado de Israel durante as negociações sobre a resolução do Conselho de Segurança da ONU e por manterem linhas vermelhas definidas. A resolução mantém a autoridade de segurança de Israel para monitorar e inspecionar a ajuda que entra em Gaza”, disse Erdan.

“Não se deve ignorar que o Conselho de Segurança, como órgão, ainda não condenou o massacre de 7 de outubro. Isso é uma vergonha. O foco da ONU apenas nos mecanismos de ajuda a Gaza é desnecessário e desligado da realidade. Israel, em qualquer caso, permite a entrada de ajuda em qualquer escala necessária”, acrescentou.

“A ONU deveria ter-se concentrado na crise humanitária dos reféns detidos em Gaza”.

“Os fracassos da ONU nos últimos 17 anos permitiram ao Hamas cavar túneis terroristas e fabricar mísseis e foguetes. É claro que não se pode confiar na ONU para monitorar a ajuda que chega à Faixa de Gaza”, concluiu Erdan.

LEIA TAMBÉM

A Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, criticou o fato de a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU não denunciar o Hamas pelas atrocidades de 7 de outubro.

“Não consigo compreender por que é tão difícil condenar o Hamas por massacrar jovens num concerto, por massacrar famílias vivas, pelos relatos de violência sexual generalizada? Nunca entenderei por que alguns membros do Conselho permaneceram em silêncio diante de tamanho mal”, disse Thomas-Greenfield.

O ministro do Exterior Eli Cohen disse, após a votação, que “Israel continuará a guerra em Gaza até a libertação de todos os reféns e a eliminação do Hamas na Faixa de Gaza. Israel continuará a agir de acordo com o direito internacional e continuará a examinar toda a ajuda humanitária a Gaza por razões de segurança”.

Anne Bayefsky, diretora do Instituto Touro de Direitos Humanos e do Holocausto e presidente do Human Rights Voices, comentou a votação de sexta-feira. “A administração Biden não conseguiu vetar a adoção de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que não condenou o Hamas pelo 7 de outubro, não condenou o Hamas pelos túneis terroristas, não condenou o Hamas pelos contínuos ataques com foguetes, não identificou o Hamas como o sequestrador, não reconheceu o direito legal de autodefesa de Israel, não condenou os palestinos terroristas por usarem a violação e a violência sexual horrível como arma de guerra, e repetidamente faz comparações morais obscenas entre Israel e o Hamas”.

“Os dias de intensas negociações da ONU precisam de ser contrastados com uma realidade diferente: o povo de Israel está sendo atacado em pelo menos três frentes: Gaza, Líbano e territórios controlados pela Autoridade Palestina. Centenas de milhares de israelenses estão deslocados internamente, ainda mais civis israelenses são regularmente forçados a se proteger em abrigos contra a chegada de foguetes, centenas de milhares de israelenses enfrentam a morte todos os dias nas linhas de frente de uma batalha existencial. A vida normal, da indústria à educação, foi alterada. A vida de centenas de milhares de familiares ficou paralisada. Toda a economia está perturbada, com setores inteiros devastados, além do trauma nacional dos reféns nas mãos de monstros. E, no entanto, de acordo com o Conselho de Segurança da ONU, a única ‘situação humanitária’ é na Faixa de Gaza”, disse ela.

A votação da resolução foi originalmente agendada para segunda-feira, mas foi adiada enquanto os membros do Conselho discutiam um consenso sobre o texto.

Na quinta-feira, os EUA indicaram que poderiam apoiar a proposta depois de garantirem as alterações que pretendiam na sua redação.

Essa resolução apelava a um “cessar-fogo humanitário imediato” na Faixa de Gaza, mas Israel, apoiado pelos EUA, opôs-se à utilização do termo “cessar-fogo”.

Fonte: Israel National News
Foto (ilustrativa): U.S. Department of State (Rawpixel)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo