Conferência de parteiras proíbe bandeira de Israel

A Associação de Parteiras de Israel decidiu não participar do Congresso da Confederação Internacional de Parteiras (ICM) em Bali, Indonésia, depois que a confederação informou que não seria permitido exibir a bandeira de Israel.

O Congresso começou, dia 12, com a Cerimônia de Abertura no domingo, durante a qual as várias associações exibiram suas bandeiras nacionais, incluindo a do Irã.

Gila Zarbiv, chefe do comitê de mídia da Associação de Parteiras de Israel, deveria fazer uma palestra no Congresso e, junto com Yifat Hadar Rubanenko, presidente da Associação, falaria sobre as atividades das parteiras em Israel.

Uma semana antes da conferência, a diretora-geral e presidente da Confederação Internacional de Parteiras enviou um e-mail à associação israelense para informar que, para não irritar o governador de Bali, a bandeira de Israel não seria hasteada e o nome da associação não seria mencionado no desfile das bandeiras no início do Congresso.

Em lugar de sua bandeira, a associação israelense marcharia com a bandeira da Confederação. A diretora-geral escreveu que “há sensibilidade na Indonésia em relação ao hasteamento da bandeira israelense e à lembrança do Estado de Israel”, acrescentando que eles ouviram que “se for decidido incluir a bandeira israelense e mencionar Israel em conexão com a identidade da organização israelense, existe o risco de o Congresso ser fechado e a delegação israelense ser obrigada a deixar a Indonésia”.

A diretora-geral acrescentou estar “certa de que a delegação israelense entende que a Confederação não poderá correr esse risco e, portanto, apesar da dificuldade envolvida, a bandeira israelense não fará parte do desfile de bandeiras e a organização israelense não será mencionado durante a cerimônia”.

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“Este e-mail lacônico nos surpreendeu. Nossa posição, desde o primeiro momento, foi clara e inequívoca: não participaremos de uma conferência que apaga nossa identidade como israelenses”, escreveu a associação em um comunicado esta semana. “Exigimos que o ICM implemente o valor da ‘igualdade para todos’, sem diferenças de religião, raça e nacionalidade. Não aceitaremos de forma alguma uma rendição ao antissemitismo e/ou racismo e anti-israelismo”.

A Associação procurou os ministérios do Exterior e da Saúde e fez uma intensa campanha para ter permissão para hastear a bandeira, mas os esforços não foram bem-sucedidos e a Associação decidiu não participar do Congresso.

Em um e-mail para a Confederação, em maio, a Associação escreveu que “a Associação de Parteiras de Israel entende por sua carta que nós, como uma associação membro que paga integralmente, com membros altamente ativos (nomeados para o Conselho Regional do ICM e membros do Conselho Profissional Regional Comitê), como parteiras e, acima de tudo, como mulheres, não somos bem-vindas nesta conferência”.

“Esta não é a primeira vez que Israel enfrenta o antissemitismo e o ódio e vamos prevalecer, mas o precedente que o ICM está prestes a estabelecer para si mesmo, ao permanecer em silêncio e capitular, sugere que eles preferem sucumbir à política e aos governos antissemitas, em vez de apoiar suas associações membros. É um precedente perigoso e que Israel não pode apoiar”.

A Associação lamentou o desfecho da situação, afirmando que “é isso aí, a conferência começou. O desfile da bandeira parece emocionante no Instagram, tanto ‘amor, alegria e companheirismo’ entre parteiras de todo o mundo. Um encontro chocante com o lado feio da política e da hipocrisia, uma montanha-russa de tristeza e emoção, fé de que teremos sucesso e também grande decepção com toda a cadeia de decisões tomadas em relação à conferência”.

Fonte: The Jerusalem Post
Foto: International Confederation of Midwives (Facebook)