Como ser alegre em tempos de guerra
Por Mary Kirschbaum
Em primeiro lugar, por que estou falando de alegria numa época tão difícil e não alegre como esta que estamos passando, em meio a uma guerra e tantas incertezas?
Porque nos aproximamos do mês de Adar, e segundo o Talmud, “Quando chega Adar, nós intensificamos em Júbilo”.
Este mês lunar, conhecido como Adar, é também o mês da boa sorte para o povo judeu. Sua “Mazal” é forte. Purim, o dia festivo de Adar, comemora a “metamorfose” da aparente má sorte para o povo judeu, para boa.
Mesmo em tempos mais difíceis, a sabedoria judaica nos ensina que a alegria pode e deve ser alcançada.
Muitas pessoas acreditam que o objetivo da vida é ser feliz.
O judaísmo acredita na força e na importância da alegria. Esta, sendo uma mitzvá, um mandamento da Torá, principalmente, servir a D’us com alegria.
Quando o rei David quis profetizar, ele pediu que tocassem instrumentos musicais para levantar seu ânimo.
A alegria então é um elemento fundamental do judaísmo, mas a Cabalá ensina, que, se a felicidade constituísse o objetivo da vida, nossa alma não faria a viagem até este mundo, pois seria muito mais feliz no mundo das almas, onde não existem sofrimentos ou preocupações.
Paradoxalmente, só podemos ser alegres, se pudermos trazer a felicidade exatamente nestes momentos de aflição.
Nosso objetivo neste mundo não é a busca pela felicidade, mas sim a nossa missão de trazer felicidade para outras pessoas. É aqui que reside o segredo da verdadeira alegria.
A felicidade, diferentemente da busca pela diversão, é um sentimento interiorizado e bastante forte. Às vezes, consiste em olhar nos olhos da pessoa amada.
No judaísmo, a felicidade não é sinônimo de passividade, como o simples relaxamento de se deitar numa rede, mas se obtêm por meio de luta, da dor e das conquistas alcançadas. É um estado de espírito que nos ajuda a alcançar nossos objetivos, nos enchendo de força e vontade.
Importantíssimo também termos consciência que ser feliz é um sentimento que depende de nós, de nossa mente, nossas atitudes e sentimentos. Não depende de fatores externos ou de estados de espírito alheios.
A felicidade se adquire a partir do momento em que se cria o espaço para que ela cresça e se desenvolva.
A própria palavra “Mashiach”, a personificação da salvação, possui as mesmas letras que a palavra “Simchá”, alegria. Portanto o “Salvador” que habita dentro de nós é a própria alegria, que entendemos que é a expressão da essência da nossa alma.
Intensifiquemos então nossa felicidade, neste mês de Adar, com a chegada de Purim e mudemos nossa Sorte!
Am Israel Chai!
Bring them home now!
Chag Purim Sameach!
והיקר, לא לפחד כלל!
Mary, você me inspirou com este artigo. Purim sameah! Vou tentar fazer jus a meu nome! Alegria Frydman