Comitê discute superlotação nos hospitais
O Comitê de Saúde da Knesset discutiu, nesta segunda-feira, sobre a falta de espaço nos departamentos internos dos hospitais de Israel.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde apresentados no Comitê de Saúde, as enfermarias internas de muitos hospitais em Israel estão superlotadas. O presidente do comitê de saúde e membro da Knesset, Uriel Bosso, disse sobre os dados que, “os hospitalizados são nossos pais e avós. Chegou a hora de um exame de consciência do sistema”.
Ao longo da última semana, as porcentagens de ocupação no Hospital Beilinson foram semelhantes e não diminuíram de 112%. Na enfermaria interna do Hadassah Mount Scopus hoje, a ocupação está em 116% e assim por quase toda a semana passada, e no Hospital Kaplan em 113%. Dados menos graves vieram do hospital Carmel, que relatou 60% de ocupação hoje, bem como do Yoseftal em Eilat, com 62%.
Há cerca de dois anos, o Ministério da Saúde se comprometeu a implementar as recomendações do comitê “Tor Kaspa” sobre a definição de padrões aos departamentos internos e a criação de departamentos adicionais nos hospitais.
O representante do Ministério da Saúde, Dr. Inbar Zucker, disse sobre esta questão que “a taxa de implementação das recomendações é determinada pela quantidade de recursos fornecidos. Durante o período Corona, foram acrescidos 200 cargos de médicos internos, 576 de enfermagem e 150 cargos das profissões de saúde. De acordo com os relatórios que recebemos, todas os cargos foram transferidas para os departamentos internos”.
Por outro lado, os hospitais insistem que nem todos os cargos em questão foram adicionados durante o período Corona e que os cargos adicionados durante esse período foram distribuídos entre todos os departamentos dos hospitais a critério do diretor, e não necessariamente aos departamentos internos.
LEIA TAMBÉM
- 21/07/2023 – Aparelho diagnostica problemas cardíacos em minutos
- 13/06/2023 – Assistente médico, uma nova profissão
- 30/07/2021 – Índice de qualidade dos hospitais de Israel
Além disso, dia 1º de setembro será lançada a reforma da saúde, que deverá aumentar as possibilidades de escolhas dos doentes, permitir maior liberdade na escolha do hospital e garantir a melhoria do serviço e disponibilidade prestados aos doentes.
Seguindo o novo modelo, outros 90 cargos serão adicionados. Com relação a esta decisão, o presidente da Associação Israelense de Medicina Interna, Prof. Avishai Ellis, disse, “os departamentos internos entrarão em colapso em 2 de setembro. Não haverá ninguém para trabalhar lá na manhã seguinte”.
Ellis disse que “o problema dos departamentos de medicina interna é um problema nacional, Por serem o alicerce dos hospitais, tanto no horário de emergência quanto nos dias normais, esses departamentos são duplamente movimentados”.
“Os hospitais da periferia têm menos de 12 cargos em média, enquanto o comitê “Tor Kaspa” falava em 16, antes do corona. É uma grande lacuna que ainda não foi fechada”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Canal 13
Foto: Associação Israelense de Medicina Interna