Clube de riqueza internacional abre filial em Tel Aviv
O TIGER 21 é um clube exclusivo de pessoas ricas, que atualmente é formado por 1.300 pessoas em todo o mundo, que gerenciam coletivamente mais de US$ 150 bilhões em ativos.
Seus membros são empresários, investidores e grandes executivos com capital líquido de pelo menos US$ 20 milhões e dispostos a pagar taxas de adesão de US$ 33.000 por ano. Eles se reúnem uma vez por mês para discutir seus investimentos em um fórum discreto e fechado e aprender uns com os outros, com o objetivo de preservar a riqueza acumulada.
O fundador do TIGER 21 é o empresário imobiliário e filantropo Michael Sonnenfeldt. A organização foi fundada em 1999 e atualmente opera em dezenas de cidades nos Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Suíça.
“Os membros da nossa rede são principalmente empreendedores que fizeram um ‘exit’, outros que ainda possuem seus negócios e também pessoas da alta administração que se aposentaram”, explicou Sonnenfelt em entrevista ao Globes. “Quando eles se juntam a nós, eles se juntam a um grupo, geralmente em uma base geográfica”, diz ele, e aproveita para anunciar que “estamos em processo de abertura de um grupo em Tel Aviv”.
“Em Nova York já temos dezenas de grupos, três em Londres e dois em Zurique. Cada grupo tem de 12 a 15 membros que se reúnem um dia por mês, 11 vezes por ano”, acrescenta.
Cada grupo é dirigido por um presidente profissional que é membro do grupo. Em Tel Aviv, será o brasileiro-israelense Beny Rubinstein, ex-executivo da Microsoft e investidor inicial.
LEIA TAMBÉM
- Vídeos do Beny Rubinstein para a Revista Bras.il
- 16/06/2022 – 2.500 bilionários se mudarão para Israel em 2022
- 09/04/2021 – Viúva de magnata é a pessoa mais rica de Israel
“Antigamente, o principal assunto que os grupos discutiam era o momento de transição para pessoas que tinham muito sucesso e depois vendiam seus negócios”, diz Sonnenfeldt.
“Antes, eles estavam focados em construir um negócio. Com o tempo, nossa agenda se expandiu para incluir os legados das pessoas e a questão de como seus filhos aprenderão com eles, mas não serão afetados por seu sucesso, bem como seus efeitos sobre a sociedade como um todo. O mundo se tornou mais complexo, assim como as estratégias para a preservação da riqueza. As pessoas compartilham esses desafios em seus grupos e tudo é mantido em sigilo. Nossos membros administram cumulativamente mais de US$ 150 bilhões. Não somos do tamanho dos maiores bancos, mas somos relativamente grandes. Mas não somos gestores de ativos, os membros gerenciam seus ativos para si mesmos e nós representamos uma infraestrutura”.
Uma vez por ano, cada integrante apresenta seu portfólio e seu desempenho ao grupo. “No início, as pessoas costumam dizer, ‘isso não vai acontecer’, mas o valor de aprender com o grupo e com a perspectiva de todos, sobre as vantagens e desvantagens, vence. Muitas pessoas veem isso como a coisa mais importante que fazemos”, diz Sonnenfeldt.
Ele acrescenta que o tamanho da organização possibilita a criação de subgrupos com interesses comuns. “Digamos que haja um membro em Tel Aviv que esteja interessado em investir em questões climáticas ou em criptomoedas. Então, eles se junta a um subgrupo nessa área”, explica ele. “Também gostamos de viajar juntos, por isso organizamos viagens para os membros e, neste caso, nossa próxima viagem é para Israel”.
A filantropia é outro tema discutido pelos grupos TIGER 21. O próprio Sonnenfeldt doou recentemente para a criação da Escola Goldman Sonnenfeldt de Sustentabilidade e Mudança Climática na Universidade Ben-Gurion do Negev.
Ao ser questionado por que decidiu operar em Israel, Sonnenfeldt diz que, “Israel é único porque temos muitos membros que têm família ou amigos aqui. Muitos de nossos membros estão familiarizados com a ‘Nação Startup’ e o ambiente empresarial em Israel. Mapeamos cidades ao redor do mundo onde as pessoas investem, e Tel Aviv estava na lista. Demoramos um pouco para ir além da Europa, mas agora estamos em uma posição em que podemos expandir globalmente, em direção a Tel Aviv e Cingapura. Conheço alguns israelenses bem-sucedidos, e cada um tem que equilibrar entre e oportunidades e desafios estrangeiros. Uma rede como a nossa os conecta a pontos de vista que não poderiam ter acesso facilmente. Esta é uma comunidade como nenhuma outra”.
Para Sonnenfeldt, o mais importante para participar do grupo é que “nossos integrantes tenham bom caráter. Precisam saber deixar o ego na porta, pois cada um deles foi líder de uma organização, mas também precisam saber participar de um grupo, sentar ao redor de uma mesa. O objetivo é o aprendizado entre colegas. Os membros do nosso grupo administram uma riqueza pessoal na faixa de US$ 20 milhões a US$ 1 bilhão, com uma média de pouco mais de US$ 100 milhões”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Globes
Foto: Cortesia Tiger21