Cessar-fogo entra em vigor, restrições continuam

Um frágil cessar-fogo, intermediado pelo Egito e confirmado por ambos os lados, entrou em vigor às 23h30 deste domingo, encerrando três dias de intensos combates entre Israel e o grupo terrorista Jihad Islâmica Palestina.

No entanto, disparos pesados ​​de foguetes de Gaza contra Sderot, Ashkelon, Beer Sheva e outras comunidades locais continuaram até minutos antes do prazo, e algumas barragens foram disparadas até 20 minutos após o cessar-fogo entrar em vigor.

Apesar do cessar-fogo entre Israel e a Jihad Islâmica Palestina, as restrições ainda permanecem em vigor. Isso significa que as escolas nas cidades próximas à Faixa de Gaza permanecerão fechadas, as reuniões estão proibidas e os moradores ainda precisarão permanecer perto de abrigos antiaéreos.

Restrições um pouco mais flexíveis estão em vigor para o resto do norte do Negev e parte da região de Laquis.

Oficialmente, as restrições são válidas até as 18h de segunda-feira, mas podem as FDI informou que reavaliará a situação nesta manhã.

O secretário-geral da Jihad Islâmica Palestina, Ziyad al-Nakhala, alertou que retomaria à luta contra Israel se suas exigências para a libertação de prisioneiros da Jihad Islâmica não fossem atendidas, durante um discurso proferido quando o cessar-fogo entrou em vigor.

LEIA TAMBÉM

• Live blog ISRAEL HOJE
• 07/08/2022 – Foguetes disparados após prazo de cessar-fogo
• 07/08/2022 – Israel e Jihad Islâmica negociam cessar-fogo

O líder do movimento afirmou que Israel concordou em libertar o oficial da Jihad Islâmica Bassam al-Saadi – preso na semana passada por forças israelenses em Jenin – e o prisioneiro em greve de fome Khalil al-Awawda em troca do acordo de cessar-fogo. Ele também afirmou que Israel foi quem “buscou fortemente alcançar um cessar-fogo”.

“Se o inimigo não cumprir o que concordamos por meio do mediador egípcio, retomaremos a luta e Deus fará conosco o que quiser”, alertou Nakhala.

Nakhala chamou a operação de “vitória” por parte da Jihad Islâmica, alegando que houve unidade entre todas as facções palestinas na Faixa de Gaza apesar do movimento Hamas não participar do conflito. “O Hamas não interferiu na batalha, mas é a espinha dorsal da incubadora da resistência, e vamos preservar nossa unidade”, disse ele.

“Se o cessar-fogo for violado, o Estado de Israel se reserva o direito de responder com força”, disse o chefe da Direção Nacional de Diplomacia Pública, Lior Haiat. “Não deixaremos nenhum fator violar a rotina de vida dos moradores do Estado de Israel.”

“O Estado de Israel agradece ao Egito por seus esforços”, completou Haiat.

Fontes: The Times of Israel e The Jerusalem Post
Foto: Kobi Elkatzur (GPO) e Khamenei.ir, CC BY 4.0 (Wikimedia Commons)