Célula terrorista é morta em operação com drone
Na noite desta quarta-feira, as FDI, usando um drone, mataram uma célula terrorista na Samaria e Judeia. Esse tipo de ação incomum é geralmente reservado para atingir grandes terroristas ou células de lançamento de foguetes em Gaza.
Uma declaração conjunta das FDI e do Shin Bet (Agência de Segurança de Israel) disse que a inteligência da agência de segurança doméstica localizou a célula terrorista em tempo real enquanto fazia um ataque a tiros perto de Jalma, na região de Menashe.
Segundo o comunicado, esta mesma célula terrorista realizou recentemente uma série de ataques a tiros em toda a Judéia e Samaria.
Assim que a célula foi identificada, as FDI deram uma ordem rápida para que o drone atirasse e matasse a célula antes que eles pudessem escapar novamente, como fizeram após tiroteios anteriores.
O ataque do drone ocorreu apenas alguns dias depois que as FDI utilizaram um helicóptero para ajudar a resgatar soldados emboscados em Jenin.
Em setembro de 2022, os comandantes das FDI na Samaria e Judeia receberam luz verde para usar drones armados para realizar ataques direcionados a terroristas palestinos, com a aprovação do então chefe do Estado-Maior das FDI Aviv Kohavi.
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Segundo fontes, os comandantes foram autorizados a usar as plataformas não apenas como cobertura e inteligência para as forças durante as operações, mas também para realizar ataques caso homens armados fossem identificados como ameaças iminentes às suas tropas.
A nova ordem foi dada quando as forças de segurança israelenses enfrentaram um aumento significativo de ataques a tiros e tiroteios durante incursões de prisão, especificamente nas cidades de Jenin e Nablus, no norte da Samaria e Judeia.
Entretanto, só recentemente drones, helicópteros e outras plataformas de poder de fogo mais pesadas estão sendo usados de forma contínua.
“Soldados das FDI identificaram uma célula terrorista dentro de um veículo suspeito, depois que a célula realizou um ataque a tiros próximo à cidade de Jalamah”, disse um comunicado do exército israelense. “Após a identificação da célula terrorista, um drone das FDI disparou contra a célula e os frustrou”.
O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, disse, na noite de quarta-feira, que três terroristas foram mortos no ataque do drone. Ele afirmou que a célula terrorista parecia ser uma mistura de terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica.
Essa foi a primeira vez que drones foram usados dessa maneira na região desde 2006 (perto do final da Segunda Intifada).
Segundo Hagari, o uso de drones e de helicópteros foi decidido especificamente para os casos e as FDI ainda não se comprometeram com uma grande mudança de política, a ponto de usar regularmente ataques de drones.
Ao mesmo tempo, essas ações das FDI ocorreram em um momento em que muitas autoridades do governo pedem uma escalada no uso da força contra o terrorismo.
O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, disse que o que chamou de “crime de assassinato” não ficará impune. “O uso de aviões pelo exército sionista para assassinar nosso povo é uma grave escalada”, disse por telefone.
Um comunicado das Brigadas de Jenin, que inclui militantes de diferentes facções palestinas, disse que dois dos homens mortos pertenciam ao grupo militante palestino Jihad Islâmica e um era do grupo Fatah.
A Jihad Islâmica disse que Israel agora deve aguardar “punição” após seu “ato tolo de atingir três de nossos combatentes com drones e deter seus corpos”, em um comunicado.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que “é crucial reduzir as tensões e evitar uma nova escalada. Israel, como potência ocupante, deve garantir que a população civil seja protegida contra todos os atos de violência e que os perpetradores sejam responsabilizados,” disse.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto (ilustrativa): FDI