Cellcom paga alto preço por apoiar greve
A gigante Cellcom, empresa israelense de telecomunicações, participou nesta terça-feira, por uma hora, da greve árabe israelense. “Proteste! احتجاج!”, lê-se no anúncio da empresa. “Das 13:00 às 14:00 todos sairemos para nos levantarmos juntos – pela coexistência, fraternidade e amor”.
O comunicado, que foi publicado pelo grupo de comunicações de Israel, foi assinado por Orly Pascal, vice-presidente de Recursos Humanos, e Mia Yaniv, presidente do Comitê de Trabalhadores. Segundo seus realizadores tinha como objetivo promover a coexistência e solidariedade” durante o “Dia de Fúria” da Autoridade Palestina contra Israel.
Vários líderes de organizações de direita cortaram laços com a operadora de telefonia celular.
Um usuário do Twitter comentou que “o principal motivo por trás dessa campanha é que os trabalhadores árabes da empresa não entrarão em greve de um dia inteiro, mas apenas em uma greve simbólica de uma hora. Uma hora programada para o intervalo do almoço”.
Em resposta, vários municípios israelenses, particularmente na Judeia e Samaria, anunciaram que estavam rompendo os laços com o provedor de serviços de celular, incluindo os Conselhos Regionais de Monte Hebron, de Gush Etzion, de Binyamin e da Samaria.
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Milhares de clientes ligaram para a empresa após a paralisação de uma hora e, segundo relatos, suas ações despencaram em resposta às notícias.
“A Cellcom está se desconectando do povo de Israel. Então o povo de Israel está se desconectando da Cellcom”, comentou o parlamentar Bezalel Smotrich em um tweet em hebraico.
O grupo de jovens religiosos Bnei Akiva também enviou uma carta à Cellcom dizendo que “teremos que interromper nossa parceria de anos”.
A Cellcom reconheceu que o momento não foi o ideal e relatou que mais de 10.000 pessoas ligam por hora para cancelar seus planos depois que a empresa interrompeu o serviço por uma hora.
Posteriormente, a empresa divulgou um esclarecimento de que apenas pedia o fim dos violentos distúrbios vistos recentemente em várias cidades de Israel, e que apoia totalmente todas as ações das forças de segurança de Israel.
Fontes: Jewish Press, Kipa e Arutz Sheva
Lamentavelmente, o radicalismo e a intolerância estão tomando conta de Israel. Pior ainda após Netaniahu instalar os kahanistas na Knesset, dando-lhes voz e mais visibilidade na mídia.
Quem impulsiona a pauta do ódio são os palestinos (não todos). Por isso, aqueles que, vivendo dentro de Israel, usufruindo de cidadania israelense, promovem distúrbios contra Israel – pois é disso que se trata – devem sofrer os rigores da lei. Inclusive, a extradição. Com inimigos é tratá -los como tal.