Casos de COVID aumentam e novas restrições são cogitadas
Israel registrou mais de 5.000 novos casos de COVID-19 na segunda-feira, a maior contagem em mais de meio ano. O painel de coronavírus do ministério mostrou 5.140 novos casos no domingo, com o número de mortes e casos graves também aumentando de forma constante.
O Diretor-Geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, disse na segunda-feira que seu gabinete está preocupado com o aumento da taxa de infecções e vai ponderar a expansão das restrições, incluindo limites aos negócios, nos próximos dias.
O ministro da Saúde, Nitzan Horowitz, também se manifestou contra a implementação de um novo bloqueio e insistiu que medidas menos draconianas poderiam reduzir os números. “Um bloqueio traz as repercussões mais severas”, disse ele ao Canal 13. “Estivemos em três e vimos o efeito que teve na sociedade, na economia e na saúde”.
“Estamos avaliando a possibilidade de implementar mais limites. Queremos evitar eventos de massa e aglomeração entre as novas medidas”, acrescentou. “Essas restrições colaborarão na redução da taxa de morbidade”.
Ash, no entanto, deixou a porta aberta para um quarto bloqueio, enquanto conclamava os israelenses a se vacinarem para permitir que o governo evitasse chegar a esse ponto.
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Ele disse que seu gabinete estava tentando determinar o ponto em que um bloqueio será necessário.
Nenhum alto funcionário expressou seu apoio ao bloqueio neste momento, e as autoridades de saúde insistem que o objetivo é evitar impô-lo. No entanto, alguns disseram que pode ser inevitável se o número de casos continuar a aumentar.
Os Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos pedem aos viajantes para evitar viajar para Israel, Cisjordânia e Gaza devido às altas taxas de infecção.
“Não está claro que haja uma correlação entre bloqueios e uma diminuição no número de casos e pacientes gravemente enfermos, mas está claro que há uma correlação entre bloqueios e danos econômicos”, disse o ministro das Finanças, Avigdor Liberman, na segunda-feira, comparando o vírus à gripe.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro Naftali Bennett instruiu o ministro da Segurança Pública, Omer Barlev, e o comissário da Polícia de Israel, Kobi Shabtai, a aumentar a fiscalização contra os violadores das restrições ao coronavírus nas próximas oito semanas, inclusive às custas de outras operações, a fim de ajudar a impedir que Israel entre em um quarto bloqueio desde o início da pandemia.
De acordo com as regras do “Passaporte Verde” que entraram em vigor no domingo, salões de eventos, restaurantes, academias e hotéis devem limitar a entrada àqueles que possam comprovar que foram vacinados ou se recuperaram, embora crianças menores de 12 anos estejam temporariamente isentas. A restrição não se aplica a lojas, shoppings, piscinas, casas de culto com menos de 50 pessoas presentes, ou museus, entre outros locais.
Os policiais que não foram vacinados agora terão que apresentar um teste negativo a cada 72 horas ou faltar ao trabalho e será descontado como um dia de férias, informou a emissora Kan. Esta determinação foi confirmada por um porta-voz da polícia.
Da população de Israel de cerca de 9,3 milhões, mais de 5,8 milhões receberam pelo menos uma dose de vacina, quase 5,4 milhões receberam duas e quase 550.000 receberam uma terceira dose de reforço.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Israel, no mês passado, mostraram que a vacina Pfizer-BioNTech COVID parecia prevenir significativamente a hospitalização e casos graves, mas é significativamente menos eficaz na prevenção da disseminação da variante Delta do coronavírus.
Dados do Ministério da Saúde divulgados na segunda-feira mostraram que indivíduos totalmente vacinados foram responsáveis pela maioria dos novos casos e a maioria dos hospitalizados em estado moderado ou grave.
Fonte: The Times of Israel
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