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Carta aberta ao Material Hotel, Kyoto, Japão

Por Marcos L Susskind

Prezados Senhores,

Acabei de ler sobre o vergonhoso cancelamento da reserva feita pelo Sr. Jerônimo Gheres, um brasileiro (como eu, que também tenho passaporte israelense).

Sua carta ao turista israelense é uma vergonha e é uma ofensa para qualquer pessoa.

Você ousaria fazer o mesmo com um etíope, oriundo de um país onde uma guerra causou 459.000 mortes (de acordo com a Universidade de Ghent)?

Para um sírio, país onde ocorreram 500.000 mortes de massacrados por seu próprio governo?

A um russo, que matou ou mutilou 444.000 mil, segundo seus próprios números de fevereiro de 2024?

Para um japonês como você, cujo regime militar do país assassinou entre 3.000.000 a mais de 10.000.000 de pessoas, provavelmente quase 6.000.000 de chineses, indonésios, coreanos, filipinos e indochineses, entre outros, incluindo prisioneiros de guerra ocidentais, desde a invasão da China em 1937 até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945?

O seu comportamento vergonhoso me ofende como compatriota de Jerônimo Gheres e como ofende a qualquer pessoa digna e civilizada do mundo, pois trata-se de comportamento tipicamente racista.

Eu espero que você seja demitido e nunca encontre um novo emprego. E se você for o proprietário deste hotel, espero que nenhuma pessoa decente entre em sua propriedade.

3 comentários sobre “Carta aberta ao Material Hotel, Kyoto, Japão

  • Em pleno século 22 a doença do antissemitismo continua nefasta na mente de pessoas dominadas e escravas de um sistema podre e manipulador. Pobres seres humanos fracos de mente e espírito. Am Ysrael Chay

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  • Parabéns, Marcos Susskind! ישיר ולה עניין

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  • MARIO SERGIO RODRIGUES BALBINO DE OLIVEIRA PASCHOA

    Temos que levantar a cabeça e enfrentar. É questão de confiar em D’us! Eu sou judeu e faço pos UNESP de Rio Claro. Recentemente um grupo de estudantes de fora vieram com faixas e manifestações anti semitas. Reclamei junto à coordenação e reitoria e esta acabou com a bagunça no campus, ficando apenas um cartaz grande com uma faixa preta no meio dizendo que foram censurados, o que é ótimo,pois deixa claro que a comunidade (cidade e universidade) não apoiam isso! Não podemos fugir, temos que mostrar que sonos judeus e temos nossos direitos e vamos lutar sim!

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