Biden em Israel, novo Oriente Médio
Por David S. Moran
O presidente americano Joe Biden desembarcou na quarta-feira (13) no aeroporto Ben Gurion para visita de dois dias em Israel. Na sexta, irá a Beth Lehem (Belém) onde se reunira com o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas e depois seguirá para a Arábia Saudita. Este voo de Israel diretamente a Jeda na Arábia Saudita já sinaliza mudança que ocorre no Oriente Médio. Dois voos já tinham acontecido, mas foram da Arábia Saudita a Israel.
Na hora exata, o avião presidencial pousou em Israel, sendo recebido pelo presidente israelense, Isaac Herzog, o primeiro ministro, Yair Lapid e muitas autoridades. A recepção foi muito calorosa e o presidente Biden trocou palavras amigáveis com os presentes. Ainda no aeroporto foi ver uma exposição das indústrias que construíram o Domo de Ferro e outros meios antiaéreos, com a joia da coroa, o “Maguen Or” (Escudo de Luz). Muitos países tentaram fabricar aparelho com raio laser para abater foguetes, mas o primeiro país que chegou com sucesso a reta final é Israel. Este aparelho antiaéreo entrará em funcionamento em dois anos, mas Israel quer ajuda financeira dos EUA. Biden ficou na tenda, especialmente levantada para ele, mais tempo do que o previsto, curtindo as inovações israelenses e recebendo explicações a respeito.
Daí partiu para a Capital do Estado de Israel, Jerusalém, indo ao Museu do Holocausto, Yad Vashem, onde colocou uma coroa de flores ao lado da chama eterna. Lá se encontrou com duas sobreviventes do Holocausto. Elas se levantaram, mas ele pediu que se sentassem. Abaixou-se para ouvir suas histórias e uma lhe disse: “agora temos um Estado nosso e podemos nos defender”. O presidente Biden, até enxugou as lágrimas e disse que seu pai lhe falou dos horrores do Holocausto e que isto jamais poderia voltar a acontecer e esta mensagem, ele passa a seus filhos e netos.
Na quinta feira (14) de manhã, Biden reuniu-se com Lapid onde assinaram a Declaração de Jerusalém, que reafirma as estreitas relações entre os dois países. Nesta declaração, os EUA se comprometem pela primeira vez, por escrito, que assegurarão a superioridade militar de Israel. Os dois países afirmam que não permitirão ao Irã obter armamento nuclear. Israel poderá se defender e agir por si só para não deixar o Irã alcançar bomba nuclear. Em entrevista a Yonit Levy, do Canal 12 de Israel, em Washington, antes de partir para Israel, ela lhe perguntou se os EUA agirão militarmente contra o Irã nuclear. Biden disse que o fariam se fosse a última alternativa.
Logo depois, os dois líderes mantiveram uma videoconferência, I2U2, com o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi e o líder dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed Bin Zayed (MBZ). Os quatro declararam que serão associados em várias áreas: as dos investimentos para desenvolver infraestrutura para recursos de água, energia, transportes, tecnologia verde, saúde, alimentação, segurança e área espacial.
Biden adicionou que a agricultura israelense pode ser implantada na Índia, que é uma enorme nação agrícola.
O caso palestino não foi levantado, apesar de que na sexta-feira (15) Biden terá encontro em Belém com Mahmoud Abbas. Ainda na quinta-feira, o presidente americano disse: “Israel tem que continuar sendo Estado judeu, independente e democrático… continuaremos a buscar a paz entre Israel e os palestinos em “Dois Estados para dois povos que tem raízes profundas”.
O presidente Biden, foi à tarde ao Palácio Presidencial Israelense onde foi agraciado com a Medalha Presidencial de Israel.
A noite ainda participou da Macabíada, chamada também de Olimpíada Judaica, onde participam atletas judeus do mundo todo.
Para o presidente Biden esta é a 10ª viagem a Israel e a primeira na qualidade de presidente dos EUA. Ele se diz sionista e que se lembra que veio a Israel em 1974, como o mais jovem Senador americano e se encontrou com a Primeira Ministra, Golda Meir. Antes dele estiveram em Israel os presidentes americanos: Nixon (1974), Carter (1979), Clinton (1994, 1996, 1998 e 2016), Bush Jr. (2008), Obama (2013, 2016), Trump (2017).
Os palestinos, que não querem evoluir, nem mesmo com o mundo árabe, estão desapontados com a visita de Biden. Todas as organizações palestinas com exceção da Fatah lançaram manifestos dizendo ser o presidente americano indesejável na região. Ele foi ao Hospital Augusta Victoria, entre o Monte das Oliveiras e Monte Scopus, para dar uma verba e reduzir o enorme buraco financeiro da instituição, de US$ 400 milhões de dólares. Na sexta vai a Beth Lehem, por pelo menos duas razões. Foi nesta cidade que nasceu Jesus e lá está a igreja mais antiga do mundo, a Igreja da Natividade, sinal para os cristãos americanos que vão a eleições em novembro. A outra razão para não ir a Ramallah, onde está localizada a sede da Autoridade Palestina é para não ter que colocar coroa de flores no túmulo do Arafat, na entrada da Mukataa. A OLP foi considerada organização terrorista.
De Israel, a comitiva do presidente americano segue diretamente para Jedah na Arábia Saudita. Lá no sábado se encontrará com líderes de países árabes do Golfo Pérsico e também com o príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman (MBS). Este foi considerado por Biden pária por mandar assassinar o jornalista Jamal Khashoggi, na Turquia. Agora ele vai guardar o rancor e lhe pedir para aumentar a extração de petróleo para tentar diminuir a inflação americana e mundial.
Em resumo. A viagem de Biden a Israel e a Arábia Saudita será boa do ponto de vista israelense. Demonstra muita simpatia e compreensão com as necessidades de Israel. Envolve-se na integração de Israel com os países mais moderados da região e até a aprovação de aviões israelenses sobrevoarem o espaço aéreo saudita a caminho do leste, permitindo encurtar as viagens e economizar combustível.
Os palestinos, infelizmente, estão fora da jogada, nenhum país realmente se importa com eles. Os países áraber, até agora pagavam solidariedade e verbas em nome da união árabe. Depois de décadas, percebem que o dinheiro foi jogado em vão e que Israel pode lhes contribuir em muitas áreas, principalmente no combate ao inimigo comum, o Irã.
Este país prega a destruição de Israel e como disse o seu líder esta semana: “o Estado Sionista não é justo e é ilegal”. O perigo é que o regime dos aiatolás use suas proxies como a Hizballah, Hamas e outras contra Israel.
Os outros que não querem Israel na região são a Autoridade Palestina e o governo da Hamas. Abbas até advertiu os americanos de que se não receberem verbas e consulado em Jerusalém, irão cancelar o seu reconhecimento em Israel e irão a Corte Internacional de Haia. A AP deveria ser a primeira a ter boas relações com Israel, que lhe ajuda em vários setores e é razão de sua existência.
Vale para as autoridades palestinas o provérbio árabe que diz: “os cães ladram e a caravana [os países árabes] passa [reatam relações com Israel]”.
Espero que a visita do atual presidente Americano Joe Biden ao Estado de Israel seja benéfica ao povo de Israel e a todos os povos que vivem em Israel, principalmente os Árabes que reconhecem a soberania do povo de Deus e se consideram árabes judeus com os mesmos direitos, porém Israel precisa ficar sempre alerta, pois seus inimigos mortais estão sempre as espreitas esperando uma oportunidade para atacar e só, somente Deus que pode livrar o seu tão grande povo do inimigo, vai chegar o momento que Israel vai ficar sozinho no campo de batalha, mas Deus enviará o socorro bem presente ao seu povo e todos quanto creem no seu nome, que haja paz em Jerusalém!
Em poucas palavras voce apresentou um comentario inteligente e expressou a esperança que todos os judeus cocientes de Israel desejam. Somente uma pequena elite esquerdista, que infelizmente ainda e cega para a realidade.