Biden e Bibi discutem democracia, violência, visto e Arábia Saudita
O presidente dos EUA, Joe Biden, convidou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para uma reunião em Washington, antes do final do ano, durante o primeiro encontro dos dois líderes, à margem da Assembleia da ONU, em Nova York.
Na reunião, Biden reiterou “sua preocupação com quaisquer mudanças fundamentais no sistema democrático de Israel, sem o consenso mais amplo possível”, disse a Casa Branca. Netanyahu assegurou Biden que Israel continuará sendo uma democracia vibrante, mesmo com a revisão judicial proposta pelo seu governo.
Um alto funcionário israelense disse à imprensa que Netanyahu assegurou privadamente a Biden que quer garantir apoio consensual na Knesset e entre a população. No entanto, Netanyahu havia oferecido aos EUA tais garantias antes que seu governo aprovasse a primeira lei de revisão sem qualquer apoio da oposição.
Segundo a fonte, a conversa tratou “em detalhe” da promoção de um acordo de normalização com a Arábia Saudita e houve acordo em continuar a tratar o assunto nas equipes de trabalho dos dois países.
“A conversa foi calorosa e amigável, entre dois amigos que se conhecem há 40 anos”, segundo a fonte, à sombra da tensão sentida no comunicado conjunto e do fato de os dois não se encontrarem há mais de nove meses, desde a posse do atual governo.
“No que diz respeito à tensão e violência na Samaria e Judeia, Biden enfatizou a necessidade de tomar medidas imediatas para melhorar a segurança e a situação econômica, manter a viabilidade de uma solução de dois estados e promover uma paz justa e duradoura na região”. Biden pediu para Israel e os palestinos aderirem aos compromissos assumidos nas cúpulas regionais realizadas no Egito e na Jordânia, onde concordaram em não avançar nenhuma medida unilateral que exacerbasse as tensões.
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O alto funcionário político israelense acrescentou que “o primeiro-ministro agradeceu ao presidente Biden pela planejada isenção de visto para os israelenses, e isso deve ser implementado. Os americanos devem anunciá-lo no final do mês. No dia 28 de setembro, a decisão será publicada e, na véspera, o secretário de Estado, Antony Blinken, deverá entregá-la ao secretário de Segurança Interna. Israel cumpriu todas as condições exigidas e acreditamos que isso acontecerá”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel e Ynet
Foto: Avi Ohayon (GPO)