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Biblioteca judaica reabre em São Paulo após 40 anos

Após quase 40 anos fechada, a biblioteca da Casa do Povo, espaço de cultura e resistência judaica na região central de São Paulo, foi reaberta.

O local foi fundado em 1946, no bairro do Bom Retiro, por imigrantes e refugiados vindos da Europa Oriental. Grande parte dos livros que formam o acervo do centro cultural também vieram nessa época, muitos em ídiche, língua próxima do alemão, mas que usa o alfabeto hebraico.

São cerca de 10 mil livros que voltam a ser lidos e manuseados. Uma coleção que foi se formando ao longo do tempo, pelas doações da comunidade e incorporação de acervos pessoais e de outras instituições. O espaço também está sendo usado por grupos que desenvolvem as mais diversas atividades, como ateliê de costura manual, escola de jornalismo para jovens, coral em ídiche e laboratório de publicações.

“Muitas gerações passaram pela casa. Essas gerações não estão mais vivas, mas os livros estão. Os livros são um núcleo de memória da casa”, enfatiza a curadora da Casa do Povo, Marília Loureiro.

O acervo contém publicações que vão desde os livros infantis, passam por disciplinas como história e política, e incluem literatura universal, como Dom Quixote. Entre esses livros, estão algumas das obras do Prêmio Nobel Isaac Bashevis Singer, que escrevia somente em ídiche, apesar de viver nos Estados Unidos.

Além dos livros há arquivos doados pelos antigos associados da casa e um acervo de modelagem com projetos de roupas, muitos deles de estilistas renomados. Os modelos podem ser usados como consulta para que os frequentadores costurem as próprias peças. Em uma sala que se integra a nova biblioteca existe um pequeno parque gráfico, onde podem ser montadas novas publicações.

Um comentário sobre “Biblioteca judaica reabre em São Paulo após 40 anos

  • Sou grato por poder conhecer através deste site um pouco das histórias de meus antecedentes da parte minha mãe, Vera Lucia Ventura, minha vó Antónia Ventura meu avó Raimundo José Ventura.

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