Bennett alerta sobre possíveis restrições em Chanucá
O primeiro-ministro Naftali Bennett alertou sobre possíveis restrições para conter as infecções por COVID-19 durante o feriado de Chanucá, já que as autoridades de saúde expressaram preocupações de que a morbidade entre as crianças pudesse continuar a aumentar, mesmo com uma campanha nacional para vacinar crianças de 5 a 11 anos em andamento.
Bennett disse em uma reunião, na noite de terça-feira, que grandes reuniões poderiam ser proibidas durante o feriado de uma semana que começa em 28 de novembro.
“Israel está controlando bem a pandemia. Assumimos o controle da quarta onda de infecção sem fechar empresas ou escolas. A tendência da morbidade infantil em Israel é preocupante, o índice de infecção está acima de um, mas o número de testes positivos é estável”, disse ele, segundo a Rádio do Exército.
Na terça-feira Israel, lançou oficialmente sua campanha de vacinação contra o coronavírus para crianças de 5 a 11 anos, na esperança de conter a disseminação do COVID-19 nas escolas e preencher a maior lacuna remanescente em seu esforço pela imunidade nacional contra a pandemia.
As autoridades esperam que a nova campanha de vacinação ajude a diminuir os números, interromper as correntes de transmissão e talvez protelar quaisquer ondas futuras.
Israel emergiu recentemente de uma quarta onda de COVID-19 e as infecções diárias têm sido relativamente baixas nas últimas semanas. Mas as estatísticas do Ministério da Saúde mostram que uma grande parte das novas infecções ocorreram em crianças e adolescentes e as crianças de 5 a 11 anos representam quase metade dos casos ativos.
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Bennett pediu aos parlamentares que não fizessem nenhuma declaração sobre a vacinação de crianças que pudesse prejudicar a campanha nacional.
O primeiro-ministro, que teve seu próprio filho de 9 anos sendo filmado pelas câmeras dos noticiários do dia, disse que os legisladores com crianças deveriam vaciná-las primeiro para dar o exemplo, mas que as autoridades não pressionariam o público a vacinar seus filhos empregando incentivos, como foi feito com vacinas para adultos.
Israel é um dos primeiros países a começar a vacinar crianças nessa faixa etária, depois dos Estados Unidos.
Bennett disse, durante a reunião de gabinete, que o governo poderá lançar um programa de teste de antígeno nas escolas para testar todos os alunos, quando estes voltarem para a escola após o feriado de Chanucá,
A Dra. Sharon Alroy Preis, chefe dos serviços públicos de saúde do Ministério da Saúde, mostrou dúvidas em relação à proposta, dizendo “Não encontramos muitos doentes assim nas vezes anteriores. Não tenho certeza se vale os recursos”.
A reunião de terça-feira foi a primeira do gabinete do coronavírus em quase dois meses. A pandemia praticamente desapareceu da vida pública desde o mês passado, depois que as taxas de infecção despencaram desde o maior pico de todos os tempos durante o verão, após uma campanha de vacinação de reforço.
Os ministros na reunião decidiram estender as regulamentações do Passaporte Verde destinadas a restringir o acesso a certos locais para indivíduos vacinados ou recuperados por mais duas semanas, mas não tomaram qualquer decisão sobre aumentar ou afrouxar as restrições, disse o escritório de Bennett.
O coordenador das ações do coronavírus de Israel, Salman Zarka, advertiu os ministros, durante a reunião, que a aplicação frouxa do sistema do Passaporte Verde era parcialmente responsável pelo aumento da morbidade. O relaxamento das restrições “envia a mensagem de que estamos fora da onda de infecção, e isso é um erro”, disse Zarka, de acordo com a Ynet.
“Em vez de jogar fora as máscaras, esteja preparado para uma quinta onda”, disse Zarka. Ele também apoiou uma dose de reforço para jovens de 12 a 15 anos, que atualmente não são elegíveis para uma terceira dose.
O epidemiologista Eran Segal disse que se mais pessoas não tomarem as vacinas, o nível de imunidade de Israel diminuirá nos próximos meses. Ele disse que cerca de 1 milhão de crianças são elegíveis para a vacinação e, se até um terço delas forem imunizadas, a taxa de infecção cairia significativamente.
Fonte: The Times of Israel
Foto: Yossi Aloni (Flash90)