Ben-Gvir liderará combate ao crime no setor árabe
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, anunciou nesta quinta-feira que liderará pessoalmente o programa “Rota Segura” para combater o crime no setor árabe-israelense, que manterá um diálogo com líderes árabes e que o programa não continuará como no modelo anterior.
O programa foi lançado em outubro de 2021 pelo então primeiro-ministro Naftali Bennett, com uma decisão do gabinete de alocar NIS 2,5 bilhões para combater o crime no setor árabe.
O programa visa desmantelar organizações criminosas, aumentar o senso de segurança pessoal dos cidadãos em geral e do setor árabe em particular, reduzir o número de armas ilegais, aumentar a confiança do setor árabe na aplicação da lei e aumentar a cooperação com os líderes árabes.
Em outubro passado, a polícia anunciou que, como parte do programa, atuou contra cerca de 1.100 criminosos no setor árabe e apresentou 456 indiciamentos em um ano. Mais de 530 armas foram apreendidas e 3.244 pessoas foram presas nesse período.
Ben-Gvir discutiu o programa com o chefe do Departamento de Investigações e Inteligência da Polícia de Israel e representantes do Ministério Público, do Conselho de Segurança Nacional, do Shin Bet, da Autoridade Tributária e do Ministério da Justiça.
O ministro pretende manter um diálogo regular com líderes árabes para estudar formas de combater o crime e restaurar a governança, embora tenha enfatizado que não manterá conversas com líderes que apoiam o terrorismo ou não reconhecem o Estado judeu e democrático de Israel.
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Ben-Gvir se referiu ao partido Ra’am e a outros representantes do setor árabe na Knesset como apoiadores do terrorismo, apesar das repetidas declarações do chefe do partido Ra’am, Mansour Abbas, reconhecendo Israel como um estado judeu e democrático e condenando ataques terroristas. Ainda não está claro quais líderes terão permissão para participar do diálogo que ele pretende manter.
Desde o início do ano, 14 assassinatos planejados foram frustrados pela polícia e 305 armas ilegais foram apreendidas.
A decisão ocorre após uma série de assassinatos no setor árabe nas últimas semanas. Segundo a organização Abraham Initiatives, 25 cidadãos árabes foram assassinados desde o início do ano.
Fonte: The Jerusalem Post
Fotos: Polícia de Israel e Wikimedia
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