Ben-Gvir exige que Netanyahu demita Gallant
O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, apelou ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para demitir o ministro da Defesa, Yoav Gallant, devido à demolição de um posto avançado no norte da Samaria e Judeia.
Na lei israelense, um posto avançado é um “assentamento” israelense não autorizado ou ilegal na Samaria e Judeia, construído sem a autorização necessária do governo, em violação às regras israelenses que regulam o planejamento e a construção. Na lei israelense, os postos avançados são diferenciados dos assentamentos autorizados.
“Enquanto o Hezbollah incendeia o Norte, o Ministro da Defesa Gallant tem uma tarefa mais importante: enviar uma força para demolir um posto avançado de Havat Yair (Fazenda Yair)”, afirmou Ben-Gvir em um comunicado.
As forças da Administração Civil e da Polícia de Fronteira do Ministério da Defesa evacuaram e demoliram, na terça-feira, seis estruturas improvisadas no posto avançado próximo ao posto avançado de Havat Yair, que a Administração Civil afirma ter sido construída em terras palestinas privadas.
Segundo a Administração Civil, foram demolidas seis estruturas improvisadas, duas das quais eram utilizadas como habitação.
De acordo com o Conselho Regional de Samaria, o posto avançado foi criado em memória de Moti Shamir, que morava na região e que foi por vontade própria combater os terroristas do Hamas na manhã de 7 de outubro junto com outros nove amigos, e foi morto enquanto defendia o Kibutz Re’im.
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Gallant está disposto a agir contra os colonos, mas “é fraco contra Nasrallah”, continua Ben-Gvir.
No mês passado, Ben-Gvir pediu duas vezes a destituição de Gallant: uma vez devido a uma disputa sobre a nomeação de oficiais superiores das FDI e, novamente, depois de Gallant ter desafiado a ideia do governo sobre o pós-guerra para a Faixa de Gaza num discurso televisionado.
Um mirante panorâmico no local construído em memória de Shamir não foi destruído na operação da Administração Civil.
O Conselho Regional da Samaria afirmou, numa declaração à imprensa, que o terreno onde foi construído o posto avançado ilegal não era privado, mas sim um terreno que estava sendo analisado pelas autoridades israelenses e que seria declarado propriedade do Estado.
Independentemente disso, a construção não aprovada foi considerada ilegal.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Havat Yair (Cortesia)
Há milhares de construções ilegais dos árabes na chamada Área C, que segundo o Tratado de Oslo, são de uso exclusivo e responsabilidade de Israel. Estão criando “facts on the ground” e seguindo um plano para interromper a comunicação e a continuidade dos nossos ishuvim. A Administração Civil, o exército e os governos Bibi nos últimos 16 anos assobiam e fazem de conta que não está acontecendo nada.
Mas quando se trata de pequenas ocupações (ilegais, é certo) de meia dúzia de jovens sionistas, que procuram defender áreas que podem ser ocupadas (também ilegalmente) por árabes, lá vem a força policial completa e põe tudo abaixo. São dois pesos e duas medidas mesmo. E o Galant tem muito mais o que fazer no momento, pois estamos em uma guerra.