Ben-Gvir detalha o plano para guarda nacional
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, planeja detalhar os elementos de sua proposta para criar uma nova força de segurança, que pode incluir um orçamento de um bilhão de shekels e quase 2.000 integrantes, disse uma fonte próxima a Ben-Gvir na terça-feira.
A força, chamada por Ben-Gvir de guarda nacional, deve avançar para a aprovação do governo depois que Netanyahu deu luz verde à proposta.
A medida está sendo vista como uma troca pelo recuo de Ben-Gvir de sua ameaça de deixar a coalizão, depois que Netanyahu anunciou uma pausa na legislação de revisão judicial.
Na segunda-feira, Ben-Gvir distribuiu uma carta aos meios de comunicação assinada por Netanyahu, na qual o primeiro-ministro prometeu levantar a questão da formação de uma força de segurança dentro do Ministério da Segurança Nacional, na próxima reunião de gabinete no domingo.
Na terça-feira, Ben-Gvir se encontrou com o chefe da Polícia de Israel, Kobi Shabtai, para discutir o plano e os dois concordaram em estabelecer um acordo para a criação da nova força de segurança, disse um comunicado conjunto.
Uma fonte próxima a Ben-Gvir defendeu o plano em comentários divulgados pelo Canal 12 News, indicando que seria usada para combater o crime, especialmente os delitos provenientes da comunidade árabe.
“Este é um modelo de guarda nacional do Ministério da Segurança Nacional. Seus objetivos são combater esquemas de proteção, famílias criminosas, crimes graves, crimes agrícolas”, disse a fonte. “Não vai ser do ministro, mas do Ministério da Segurança Nacional. O Serviço Prisional também está subordinado a um ministério, assim como a autoridade de proteção a testemunhas. Está acontecendo de acordo com a lei, não de forma negligente”.
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As preocupações sobre as atribuições da força foram ampliadas por questões sobre a necessidade de tal órgão, que aparentemente duplicará as tarefas já realizadas pela polícia e pela Polícia de Fronteiras.
Segundo a fonte próxima a Ben-Gvir, NIS 1 bilhão já foram destinados à força e há financiamento para mais de 1.800 integrantes.
O oficial da polícia, falando sob condição de anonimato, também disse ao Canal 12 que a força já tem uma unidade chamada guarda nacional, atualmente usada como força de utilidade em várias tarefas, incluindo o apoio da polícia quando necessário, como durante os protestos recentes, e proteção das fronteiras.
“Ben-Gvir quer criar algo separado, não tirar a força existente, mas fazer algo novo”, disse a fonte policial. “Neste momento, as forças da guarda nacional vêm de dentro da Polícia de Fronteira, por isso, no momento em que for criada uma nova guarda nacional, essa força voltará para a Polícia de Fronteira e terá um nome diferente”.
A Polícia de Fronteiras é formalmente uma parte da polícia e, em última análise, reporta-se ao comissário de polícia, embora partes dela fiquem sob o comando operacional dos militares.
Ben-Gvir há muito pede a criação de uma chamada guarda nacional sob seu controle direto.
Ele disse que busca estabelecer uma guarda nacional voluntária que seria implantada em tempos de agitação étnica, como os distúrbios raciais árabes-judaicos de maio de 2021 que ocorreram em algumas cidades israelenses, em um contexto de guerra com o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza.
No mês passado Ben-Gvir confirmou ao The Times of Israel que ainda planeja incorporar toda a Polícia de Fronteira a uma nova guarda nacional, em um esforço para aumentar o poder de policiamento de uma força com falta de pessoal.
Ben-Gvir apresentou, em janeiro, uma estrutura para a guarda nacional, que tinha algumas características semelhantes a um arranjo proposto por seu antecessor, o ex-ministro da segurança pública Omer Barlev, e o então primeiro-ministro Naftali Bennett.
Barlev e Bennett aprovaram um plano para criar uma “guarda israelense”, composta por oficiais da ativa e da reserva e voluntários treinados por profissionais da Polícia de Fronteira.
Fonte: The Times of Israel
Foto: Wikimedia Commons
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