Bélgica vai rotular produtos israelenses
A Bélgica decidiu começar a rotular produtos israelenses vindos da Judeia, Samaria, Jerusalém e das Colinas de Golan, marcando-os para boicotes, e o vice-ministro do Exterior de Israel, Idan Roll, cancelou suas reuniões em Bruxelas em protesto.
O Ministério do Exterior de Israel emitiu um comunicado na quarta-feira condenando “a decisão anti-Israel do governo belga”.
“A decisão da rotulagem dos produtos prejudica igualmente israelenses e palestinos e é inconsistente com a política do governo israelense focada em melhorar a vida dos palestinos e fortalecer a Autoridade Palestina e seu povo e melhorar as relações de Israel com outros países europeus”, disse o comunicado.
Árabes empregados por essas empresas israelenses na Judeia e Samaria correm o risco de perder seus empregos como resultado da mudança da UE se as fábricas israelenses que operam na área forem forçadas a se mudar como resultado da pressão financeira gerada pela rotulagem e boicotes subsequentes.
Existem 14 parques industriais e agrícolas israelenses na Judeia e Samaria, incluindo cerca de 800 fábricas e negócios que empregam mais de 11.000 trabalhadores da Autoridade Palestina e 6.000 israelenses. Muitos outros milhares de árabes da AP ganham seu sustento por meio de serviços secundários fornecidos às fábricas israelenses, como transporte e venda de materiais.
Os israelenses poderão encontrar empregos em outros lugares, mas os árabes da AP serão forçados a procurar trabalho na economia palestina decadente, juntando-se a uma alta porcentagem da população já desempregada.
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Roll, que partiu para uma visita diplomática à Bélgica e Luxemburgo, cancelou suas reuniões planejadas com o Ministério do Exterior e o Parlamento belga após a decisão.
“A decisão do governo belga fortalece os extremistas, não ajuda a promover a paz na região e faz da Bélgica um fator que não contribui para a estabilidade no Oriente Médio”, afirmou Roll.
A União Europeia (UE) anunciou em novembro de 2015 que vai começar a rotular produtos israelenses originários da Judeia, Samaria e das Colinas de Golan, na tentativa de gerar pressão financeira sobre Israel e para protestar contra as políticas de Israel nessas regiões.
O Tribunal de Justiça Europeu (TJE), em novembro de 2019, manteve esta decisão.
A decisão da Bélgica pode expô-la à lei antiboicote dos EUA, bem como a sanções em nível estadual, e potencialmente perturbar as relações comerciais entre EUA e UE. Boicotes a Israel são ilegais nos Estados Unidos e cerca de metade dos estados aprovaram leis semelhantes.
O professor de direito americano Eugene Kontorovich afirmou que a decisão do TJE “está colocando uma nova ‘Estrela Amarela’ nos produtos de fabricação judaica”, chamando a decisão de “inconsistente” com o tratamento de outras áreas em disputa. Kontorovich apontou que a decisão estabeleceu um precedente na rotulagem de produtos direcionando “por quem” ele foi produzido, ao invés da prática padrão de rotular produtos de acordo com padrões geográficos.
Fonte: Jewish Press
Foto: Canva
Anti semitismo na cara do gol ! É de um absurdo extremo – nazistas !