BDS se reúne em NY para apoiar a “resistência palestina”
Uma manifestação para apoiar a “resistência palestina” está marcada para ser realizada por ONGs apoiadoras do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) no consulado israelense em Nova York, na quarta-feira.
O protesto de quarta-feira tem o título de “comício de emergência para apoiar a resistência e a libertação palestinas por todos os meios necessários”.
Os organizadores também observaram no anúncio nas mídia social do comício de quarta-feira que “o sionismo não tem lugar na Palestina e deve ser erradicado para alcançar a libertação total”.
“Um comício para apoiar a ‘resistência’ por ‘qualquer meio necessário’ é um chamado aberto à violência nas ruas de Nova York”, alertou a escritora israelense Emily Schrader. Ela pediu ao Departamento de Polícia de Nova York que encerrasse o evento antes que terminasse em “derramamento de sangue contra a comunidade judaica local”.
“Junte-se a nós para exigir o fim da Nakba em andamento e a escalada da violência colonial sionista em al-Aqsa e em toda a Palestina e declare seu apoio à heroica resistência palestina que defende o povo e a terra palestinos, e seu direito de resistir até a libertação e o retorno por qualquer meio necessário”, escreveram os organizadores do protesto Within Our Lifetime (WOL) e o Movimento Juvenil Palestino (PYM).
Os organizadores condenaram as operações das forças de segurança israelenses para reprimir tumultos no Monte do Templo, alegando que “centenas de palestinos continuam sendo atacados, baleados, espancados e impedidos de rezar pelas forças de ocupação sionistas. Cristãos e muçulmanos estão arriscando suas vidas apenas para poder rezar”.
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Tanto o WOL quanto o PYM compartilharam uma grande quantidade de conteúdo de mídia social glorificando as ações do que o PYM chamou de “os protetores de al-Aqsa”. A polícia entrou em confronto com manifestantes árabes desde sexta-feira, quando os manifestantes reuniram pedras e outros objetos para atirar em fiéis judeus e forças de segurança.
No domingo, o WOL compartilhou uma foto de alguns suspeitos depois que eles foram presos, alegando que “quase 500 palestinos foram presos desde sexta-feira enquanto tentavam orar em al-Aqsa”.
O PYM elogiou os esforços dos manifestantes e disse que “honra sua resistência”. O grupo também organizou um comício na segunda-feira no consulado israelense em Montreal, twittando pedindo “tudo por al-Aqsa” e exigindo “tirar as mãos de al-Aqsa” em seu conteúdo de divulgação.
Além de WOL e PYM, Decolonize This Place, Existence is Resistance e Samidoun também estão envolvidos no comício.
O protesto de quarta-feira faz parte da campanha “10 Dias de Luta pela Libertação dos Prisioneiros Palestinos” liderada pela Rede de Solidariedade dos Prisioneiros Palestinos Samidoun, que começou no Dia dos Prisioneiros Palestinos em 17 de abril.
A campanha pede que ativistas e grupos participantes organizem comícios para libertação de prisioneiros palestinos. Os prisioneiros defendidos por Samidoun são frequentemente terroristas ou ligados a organizações terroristas. O próprio Samidoun é designado por Israel como afiliado do grupo terrorista Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).
A WOL, liderada por Nerdeen Kiswani, realizou recentemente um protesto em frente aos escritórios dos Amigos das FDI em 30 de março. Os manifestantes gritavam para “globalizar a Intifada” e “Só existe uma solução, a Intifada, a revolução”.
Tanto os comícios quanto os confrontos seguiram uma onda de ataques terroristas palestinos que deixaram 14 mortos e dezenas de feridos. A tensão foi agravada durante o Pessach e o Ramadã, ambos períodos de aumento da atividade terrorista palestina.
Fonte: The Jerusalem Post
Foto: WOL (Twitter)