Aumenta imigração não judaica para Israel

27 de abril de 2023 Marcia Sasson

Israel comemora 75 anos de independência, mas a maioria judaica continua diminuindo.

Os judeus são agora 73,5% da população, enquanto os árabes são 21%. Em comparação com os dados do ano passado, houve uma diminuição em ambas as comunidades. Em 2022, os judeus eram 73,9% da população e os árabes eram 21,1% da população em geral.

O Bureau Central de Estatísticas relatou um aumento entre aqueles que declaram ser de “outra” religião, que chegaram a 5,5% da população. No Dia da Independência do ano passado, havia 478 mil pessoas que foram classificadas como “Outros”, enquanto este ano somam 534 mil, um aumento de 56 mil em relação ao ano passado.

Yona Cherki, do Centro de Política de Imigração de Israel, que analisou a publicação da CBS, declarou que “as tendências dramáticas da redução da maioria judaica em Israel em favor do aumento da população dos ‘outros’ que não são árabes e não são judeus é muito preocupante”.

A maior parte da imigração não judaica para Israel é através da aliá, de acordo com a Lei do Retorno, que recebe incentivo dos órgãos oficiais, incluindo a organização Nativ e a Agência Judaica. “Enquanto as autoridades não agirem ativamente e com determinação para alterar a Lei do Retorno, a tendência de encolher a maioria judaica só aumentará,” disse ela.

Cherki acrescentou que há uma intensificação do fenômeno da imigração não-judaica para Israel. “O público em Israel é sensível à questão dos infiltrados e dos residentes ilegais, mas deve-se entender que a principal causa da imigração não judaica para Israel é precisamente a estrutura constitucional criada pela Lei do Retorno, e é por isso que é tão urgente alterar a lei”.