Ataque terrorista em Jerusalém deixa 7 mortos

A polícia de Israel disse que o ataque, que aconteceu no bairro de Neve Ya’akov, no leste de Jerusalém, deixou pelo menos sete israelenses mortos e outros 10 feridos, no atentado com maior número de vítimas, em Israel, desde 2011.

Segundo a polícia o terrorista parou seu carro e abriu fogo contra os fiéis que saíam da sinagoga Ateret Avraham, após as orações de sexta-feira.

Depois de entrar e atacar as pessoas na sinagoga, o atirador teria começado a perseguir as pessoas que tentavam escapar.

Ele então tentou fugir do local de carro e atirou na direção dos policiais. O terrorista, identificado como Kheiry Alkam, de 21 anos, do bairro de At-Tur, no leste de Jerusalém, foi morto pela polícia.

Uma pessoa que estava na sinagoga e presenciou o ataque disse que a polícia demorou 20 minutos para chegar ao local após os disparos iniciais, pois não acreditaram nas ligações e pensaram que o barulho vinha de tiros disparados para o ar nos bairros próximos de Jerusalém Oriental.

Um porta-voz da polícia, no entanto, disse que o terrorista foi pego cinco minutos após receber a primeira ligação.

As mortes ocorreram um dia depois que nove palestinos morreram em uma operação das tropas israelenses em Jenin.

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O porta-voz do grupo terrorista Hamas chamou o ataque a Jerusalém de “ato heroico de vingança pelo massacre em Jenin”.

Uma autoridade da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza elogiou o ataque: “O tiroteio é um sinal de que a Samaria e Judeia e a Faixa de Gaza estão unidas contra o inimigo israelense”.

Os socorristas declararam cinco vítimas mortas ao chegarem ao local: quatro homens de 60, 50, 25 e 20 anos e uma mulher de 60 anos.

Cinco feridos foram levados para os hospitais Hadassah e Shaare Zedek. Deles, um homem de 30 anos e uma mulher de 70 anos chegaram em estado crítico e foram declarados mortos no hospital, um menino de 15 anos estava em estado moderado a grave, um jovem de 24 anos e uma mulher de 60 anos estavam em condição moderada.

“Este foi um dos piores ataques que tivemos nos últimos anos, nossos corações estão com as famílias dos feridos e mortos. Avaliamos a situação e decidimos algumas ações imediatas, vamos agir com decisão e calma”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na sede da polícia de Jerusalém, horas após o ataque.

“O gabinete político de segurança se reunirá no final do Shabat. Peço aos cidadãos que não façam justiça com as próprias mãos. Para isso temos um exército e uma polícia que recebem instruções do gabinete”, disse Netanyahu.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, também chegou ao local do ataque, onde foi recebido com vaias pela multidão, que o acusou de ser o responsável pelo ataque, gritando “nós te amamos, Itamar. Confiamos em você, mas isso aconteceu sob a sua supervisão”.

Ben-Gvir pediu uma reforma nas leis de armas de Israel, dizendo que mais cidadãos deveriam poder portar armas para se defenderem de ataques terroristas.

Gritos de “morte aos terroristas” podiam ser ouvidos enquanto Ben-Gvir tentava falar.

O presidente do partido árabe Ra’am, Mansour Abbas, disse que “condena e rejeita qualquer ataque terrorista no qual civis inocentes sejam assassinados.

“Estou convencido de que esta ação e outras semelhantes distanciarão a possibilidade de encontrar uma solução para o conflito e concretizar a visão de paz, segurança mútua, parceria e tolerância na Terra Santa”, acrescentou. “Peço a todos que exerçam moderação e cooperem para encontrar uma maneira de acalmar a situação e salvar a vida de muitas pessoas”.

Palestinos na Samaria e Judeia e em Gaza comemoraram o ataque mortal, disparando tiros comemorativos para o ar, acendendo fogos de artifício e distribuindo doces.

Fontes: The Jerusalem Post e Ynet
Foto: Polícia de Israel