Ataque terrorista deixa três israelenses mortos
Duas mulheres e um policial de folga morreram e pelo menos outras oito pessoas ficaram feridas quando terroristas palestinos abriram fogo contra veículos no norte da Samaria, na manhã desta segunda-feira.
O ataque a tiros, que teve como alvo um ônibus e dois carros, ocorreu dentro da vila palestina de al-Funduq, que atravessa uma importante estrada usada por milhares de motoristas israelenses e palestinos diariamente.
De acordo com uma investigação inicial das FDI, três terroristas armados com fuzis, primeiro abriram fogo contra um carro civil de uma pequena distância, matando duas mulheres: Rachel Cohen, de 73 anos, casada e mãe de 5 filhas e Aliza Raiz, de 70 anos. Elas eram cunhadas e moradoras de Kedumim.
Ma sequência, os terroristas armados atiraram em um ônibus mais distante, ferindo oito pessoas, incluindo o motorista, que, segundo o MDA, foi levado às pressas para um hospital em estado grave. Duas mulheres no ônibus estavam em estado moderado, e pelo menos outras cinco ficaram levemente feridas.
Enquanto os terroristas atiravam no ônibus, um civil armado abriu fogo contra os atiradores, fazendo com que eles voltassem para o carro e fugissem. Os tiros atingiram o carro, mas aparentemente não feriram nenhum dos terroristas, revelou a investigação militar.
Ao fugir, os terroristas abriram fogo contra outro carro a cerca de 150 metros de distância, matando o policial identificado pelas FDI como Sargento Elad Yaakov Winkelstein.
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Winkelstein, 35, pai de dois filhos, era investigador na delegacia de polícia de Ariel. Ele estava de folga na hora do ataque. Um dos filhos de Winkelstein estava no carro quando foi alvejado, mas saiu ileso fisicamente, de acordo com relatos da mídia em língua hebraica.
Os militares disseram que dois dos atiradores eram conhecidos do sistema de defesa e já eram procurados por envolvimento em atividades terroristas e estavam na lista de procurados. Eles são residentes da zona de Jenin e Kabatia, no norte da Samaria, e pertencem a uma organização terrorista. Houve também um terceiro terrorista cuja identidade ainda não é conhecida.
As FDI disseram que o posto militar na entrada da vila Al-Funduq, onde foi realizado o ataque terrorista, não é vigiado 24 horas por dia, 7 dias por semana, mas apenas durante determinados horários. Os soldados deixaram o posto na entrada da aldeia cerca de meia hora antes do ataque.
O Hospital Meir, em Kfar Saba, divulgou um boletim sobre o estado dos feridos do ataque assassino ocorrido na Samaria. Os feridos que chegaram ao hospital têm entre 14 e 60 anos, um deles estava em estado muito grave.
As FDI disseram que enviaram um grande número de soldados, bem como um helicóptero da Força Aérea Israelense, para procurar os terroristas.
O ataque ocorreu ao longo da estrada 55, uma rodovia leste-oeste que atravessa a Samaria e liga áreas a noroeste de Tel Aviv aos arredores de Nablus, passando perto ou através de vários localidades israelenses e cidades palestinas.
Um vídeo de vigilância publicado pela TV Kan mostrou um homem saindo do lado do passageiro de um sedan branco parado na estrada e apontando uma arma para um ônibus que passava. O homem parece continuar atirando por vários segundos antes de voltar para o carro, que então se afasta da cena.
O exército disse que montou bloqueios nas estradas perto do local do ataque e colocou cordões ao redor da cidade de Nablus e de várias outras vilas próximas.
O Ministro da Defesa, Israel Katz, ordenou que os militares “usassem força bruta em qualquer lugar onde os rastros dos assassinos levassem”. “Qualquer um que siga o caminho do Hamas em Gaza e patrocine o assassinato e o mal aos judeus pagará um preço alto”, acrescentou.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que Israel prenderia os atiradores “junto com todos que os ajudaram. Ninguém será poupado”.
Não houve reivindicação de responsabilidade pelo ataque, mas ele foi rapidamente saudado pelo grupo terrorista Hamas, que o chamou de uma “resposta heroica aos crimes em andamento” cometidos por Israel na Faixa de Gaza.
Após o ataque, o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben Gvir pediu que Israel encerrasse a cooperação de segurança com a Autoridade Palestina, que vem realizando uma grande repressão aos terroristas em Jenin nas últimas semanas.
“Lembre-se de que a AP apoia o terror. Pare toda cooperação com ela, coloque tantos postos de controle quanto possível e feche estradas porque o direito dos colonos à vida supera a liberdade de movimento dos moradores da Autoridade Palestina”, disse ele.
Houve vários ataques a israelenses que usam a estrada 55 ao longo dos anos, inclusive em al-Funduq. A maioria dos ataques envolveu arremesso de pedras, embora também tenha havido tiros, como o ataque em abril a um ônibus e outro veículo que feriu duas pessoas.
Um plano para pavimentar uma estrada que contorna al-Funduq foi aprovado recentemente. A construção está programada para começar no mês que vem.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Fotos: Magen David Adom e cortesia