As três visitas de Maradona a Israel
Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira, aos 60 anos, após uma parada cardiorrespiratória. Um dos grandes da história do esporte e maior ídolo do futebol argentino, o astro sofreu o mal súbito no fim da manhã, quando ambulâncias foram chamadas à sua casa, onde se recuperava de uma cirurgia no cérebro.
O ex-jogador, porém, não resistiu, tendo sua morte confirmada pela imprensa argentina e pela TV pública do país no começo da tarde.
A vida de Diego Armando Maradona nunca passa despercebida. Esse foi o seu estigma ao longo dos anos, como aconteceu há um ano, quando assumiu a direção técnica do Gimnasia La Plata, então o pior time da Superliga Argentina, mas que aumentou significativamente seu número de sócios e torcedores.
Uma vez que nada do que ele faz passa despercebido, suas visitas a Israel ao longo de sua carreira não passaram despercebidas. No total foram três, entre 1986 e 1994, e todas com a seleção argentina nas semanas anteriores à Copa do Mundo.
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A primeira vez foi em 4 de maio de 1986 no Estádio Nacional Ramat Gan, recentemente fechado e em demolição. A seleção sul-americana venceu a israelense por 7 a 2, com dois gols de Maradona, e um mês depois levantaria a Copa do México.
A partir daí, os amistosos em Israel se transformaram em amuleto para o time da Albiceleste, que voltou a jogar em Israel no dia 22 de maio de 1990, novamente com uma vitória sul-americana: 2 a 1, novamente com um gol de Maradona.
Na Copa do Mundo daquele ano, a Argentina perdeu a final para a Alemanha, mas o costume permaneceu: a terceira e última vez de Maradona em um campo em Israel foi em 31 de maio de 1994, na preparação para o campeonato mundial ocorrido nos Estados Unidos. Desta vez o resultado foi de 3 a 0 para os argentinos, embora sem que a estrela tenha marcado.
A comemoração de seus 60 anos, no último mês de outubro, gerou uma onda de mensagens nas redes sociais, quando foi saudado por Cristiano Ronaldo – atual jogador da Juventus – e Zinedine Zidane – técnico do Real Madrid -, entre muitas outras personalidades e torcedores do craque argentino.
“No meu coração, sou palestino”
Em 2018, quando em Moscou para a final da Copa do Mundo, a lenda argentina abraçou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmando: “Este homem quer paz” e tem “um país de pleno direito”.
Em 2018, quando em Moscou para a final da Copa do Mundo, a lenda do futebol argentino saudou calorosamente o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e disse a ele: “No meu coração, sou palestino”.
Em um post no Instagram compartilhando uma foto dos dois se abraçando, Maradona escreveu em espanhol: “Este homem quer paz na Palestina. Sr. Presidente Abbas, o senhor tem um país de pleno direito”.
Maradona deu seu apoio à causa palestina no passado e pediu o rápido estabelecimento de um Estado palestino.
“Sou o fã número um do povo palestino”, disse ele em 2012. “Eu os respeito e simpatizo com eles”.
Em 2014, durante a guerra Gaza-Israel conhecida como Operação Limite Protetora, Maradona disse: “O que Israel está fazendo aos palestinos é vergonhoso”.
Mais tarde naquele mesmo ano, houve um boato de que Maradona estava em negociações com a Federação Palestina de Futebol sobre a possibilidade de treinar a seleção palestina durante a Copa da Ásia de 2015, mas isso nunca se concretizou.
Foto: Captura de tela (YouTube)
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