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As mulheres que são os olhos da Judeia e da Samaria

Centenas de mulheres de até 23 anos estão encarregadas de monitorar câmeras de segurança, impedir ataques ou encontrar terroristas responsáveis por ataques contra israelenses. Características e marcos de uma função que ganha prestígio no exército israelense.

Com a troca da guarda, a observadora que se retira não tira os olhos da tela. Ele se levanta da cadeira, anda para trás e sai do lugar para ser substituída. “Num segundo em que se perde o contato visual, pode haver um incidente”, diz uma das jovens, que mal tem mais de 18 anos e pode ser decisiva para o destino de uma missão operacional.

“Vemos tudo e dos melhores ângulos”, diz uma das combatentes da divisão de Coleta de Informações da Judeia e Samaria, uma jovem que serve como observadora em um dos quartéis. Lá, um grupo de mulheres falou sobre seu papel-chave em certas operações e as implicações de se cercarem de generais do sexo masculino e geralmente mais velhos do que elas.

Yuval Nagli é comandante da Unidade de Coleta da Brigada Regional de Samaria, uma função do exército israelense exercida por centenas de mulheres recém-recrutadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).

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Como Nagli, existem várias comandantes de 22 ou 23 anos com centenas de observadores no comando. “Os combatentes em campo sem nós ficam sem olhos”, resume a comandante Orel Kutzumandi sobre o papel de sua unidade. “Antes das operações planejamos desvios, localizamos as casas dos terroristas e dirigimos as forças contra eles para que os suspeitos não os vejam”, afirma.

Em 2019, esta unidade frustrou 75 ataques terroristas e, em 2020, outras 250 tentativas. Por isso, ao lidar com soldados do sexo masculino e de escalões mais elevados, Orel garante que “não há um pingo de desprezo por nós em discussões importantes”.

Como em outras unidades da IDF, a tarefa dos observadores tem efeitos colaterais. Algumas das jovens afirmam que “sonham em preto e branco”, como é sai visão nas telas operacionais. Outras admitem: “Examinamos cada pessoa da cabeça aos pés, não sabemos como olhar de soslaio”.

Fonte: Ynet Español
Foto: IDF

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