Aplicativo ajuda a diagnosticar doenças psiquiátricas
Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de transtornos psiquiátricos diagnosticados como depressão clínica ou esquizofrenia, segundo relatado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O problema desse tipo de patologia é que ela só pode ser diagnosticada a partir da observação e descrição dos sintomas, algo muito difícil de ser conseguido pelo paciente.
É justamente aí que intervém a startup israelense Montfort (Mon4T), buscando resolver o processo com sua solução, um “brain profiler”, recém-lançada no mercado. Este sistema vê os transtornos mentais como transtornos cerebrais que podem ser diagnosticados com precisão clínica.
Desenvolvido pelo psiquiatra e professor do Technion, Abraham Peled, o aplicativo preenche a lacuna entre a psiquiatria clássica e a neurociência da computação.
“Não podemos consertar um sistema se não soubermos exatamente o que está errado. Nesse caso, é essencial descobrirmos as causas dos transtornos mentais, se algum dia tivermos esperança de curá-los. A frustração de não ser capaz de curar esse tipo de paciente me levou a mudar minha abordagem e me conectar com o mundo digital e os algoritmos, incluindo o aplicativo EncephaLog da Montfort “, disse Peled.
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A Montfort usa tecnologia de smartphone e inteligência artificial para executar testes neurológicos digitais aprovados pela FDA dos EUA para pacientes com doenças como Parkinson e Huntington.
Como resultado da cooperação com Peled, em 2020, a Montfort adicionou seu protocolo para testar indicadores que avaliam ansiedade, depressão e outros determinantes para a solução.
Assim, a Montfort traduz esta informação digital recolhida em termos familiares aos psiquiatras – depressão, ansiedade ou psicose, entre outros – e sugere uma explicação neurológica.
“Então, o distúrbio da rede diagnosticada deve ser comprovado por um EEG, procedimento que antes era muito complicado de fazer e, portanto, disponível apenas em hospitais. Hoje está disponível para qualquer paciente em casa”, explicou Peled.
No início de 2022, o aplicativo também será usado no espaço, pois foi selecionado como uma das tecnologias para acompanhar o astronauta israelense Eytan Stibbe em sua viagem à Estação Espacial Internacional.
Os astronautas usarão a solução para fazer autoexames cognitivos enquanto os médicos na Terra monitoram seu funcionamento em tempo real.
Fonte: Israel21c e Aurora
Foto: mohamed hassan (PxHere)