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Alertas sobre ataques do Hamas foram ignorados

Reportagens divulgadas na TV Kan e no Canal 12 de Israel, na quinta-feira, afirmam que uma oficial israelense da unidade de inteligência de elite 8200 alertou sobre o plano do Hamas de um evento de infiltração em massa e foi ignorada por seus comandantes.

Segundo a reportagem, a oficial relatou há alguns meses sobre um treinamento incomum do Hamas. A soldada contou sobre os participantes do exercício, incluindo comandantes e combatentes, e sobre a participação de forças montadas.

Segundo ela, durante o exercício foram praticados vários cenários, incluindo o abate de uma aeronave, a tomada de uma área de moradia israelense, o assassinato de soldados, o agitar de uma bandeira, e ainda um ataque a um edifício público.

Na discussão que aconteceu na sequência de um exercício da organização terrorista, foi dito que este era um cenário irrealista

As autoridades que ouviram o relato concordaram que era uma informação significativa. Um oficial de inteligência ficou impressionado com o alcance do exercício e elogiou os envolvidos na coleta da informação, mas acrescentou uma ressalva de que o cenário do exercício descrito era “completamente imaginário”. O oficial explicou que deve ser feita uma distinção entre o que o Hamas é capaz de fazer na realidade e o que o Hamas faz em exercícios “para se gabar”, como ele o definiu.

No entanto, alguns dos envolvidos na discussão discordaram que o cenário fosse imaginário e mencionaram que o Hamas tinha conduzido vários exercícios de magnitude semelhante e, portanto, esta era uma possibilidade muito realista.

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Na semana passada, um programa do Canal 12 publicou novos testemunhos de mulheres observadoras que serviram perto da fronteira de Gaza.

Nos depoimentos das observadoras, elas contam como durante meses alertaram repetidamente sobre as mudanças que vinham acontecendo, que exigiam atenção especial e alertas vermelhos.

Entre outras coisas, descreveram como cada vez mais pessoas que nunca tinham visitado esta área de repente apareceram por lá, como os agricultores que costumavam vir dia após dia para trabalhar nos campos, de repente, foram substituídos por outros.

Essas observadoras sentiram que não estavam sendo ouvidas e que o que viam não estava sendo levado em consideração.

Houve quem resolvesse alertar um dos comandantes superiores do setor, e esta foi a resposta que recebeu dele, “não quero ouvir falar de mais essa bobagem. Se você me incomodar com essas coisas de novo, você vai ser julgada”.

Conhecidos como os “olhos do exército”, os soldados observadores, os tatzpitaniyot (em hebraico) usam câmeras de segurança e sensores para monitorar um trecho de 15 a 30 km de terra pelo qual cada um é responsável. A vigilância inclui quaisquer pequenas mudanças na atividade. O trabalho exige muita paciência, concentração e horas gastas monitorando telas.

Das mais de 20 tatzpitaniyot que estavam baseadas no posto de observação em Nahal Oz, no ataque de 7 de outubro, somente duas não foram mortas ou sequestradas.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Kan, The Jerusalem Post e Politico
Foto (ilustrativa): FDI

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