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“Agonia. Dor. Não há palavras”

O Hamas entregou, nesta quinta-feira, os corpos do bebê israelense Kfir Bibas e de seu irmão de quatro anos, Ariel, os dois mais jovens capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro de 2023 e uns dos maiores símbolos do trauma infligido naquele dia.

Veículos da Cruz Vermelha saíram do local de entrega na Faixa de Gaza com quatro caixões pretos que foram colocados em um palco. Cada um dos caixões tinha uma pequena foto dos reféns. Terroristas armados do Hamas em uniformes pretos e camuflados cercaram a área.

Depois que os reféns mortos foram entregues pela Cruz Vermelha, os caixões foram escaneados em busca de explosivos, de acordo com os militares. Só então os caixões foram transportados para  Israel.

A entrega dos corpos faz parte do acordo de cessar-fogo alcançado no mês passado com o apoio dos Estados Unidos e a mediação do Catar e do Egito.

“Agonia. Dor. Não há palavras. Nossos corações, os corações de uma nação inteira, estão em frangalhos”, disse o presidente de Israel, Isaac Herzog. “Em nome do Estado de Israel, curvo minha cabeça e peço perdão. Perdão por não proteger vocês naquele dia terrível. Perdão por não trazer vocês para casa em segurança”.

Um terrorista estava ao lado de um pôster que mostrava um homem de pé sobre caixões envoltos em bandeiras de Israel. Em vez de pernas, ele tinha raízes de árvores no chão, sugerindo que a terra pertence aos palestinos. O pôster dizia “O Retorno da Guerra = O Retorno de seus Prisioneiros em Caixões”.

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“Shiri e as crianças se tornaram um símbolo”, disse Yiftach Cohen, um morador do Kibutz Nir Oz, que perdeu cerca de um quarto de seus habitantes, mortos ou sequestrados, durante o ataque.

O corpo de outro refém entregue hoje pelo Hamas e já identificado pelo Instituto de Medicina Forense de Israel era de Oded Lifshitz, sequestrado do kibutz que ele ajudou a fundar. Um conhecido ativista pela paz, Oded escreveu um artigo de opinião no jornal Haaretz, em janeiro de 2019, intitulado “Defensor de  Israel, ele não é”, onde questionou as credenciais de segurança de Netanyahu e criticou suas políticas, incluindo sobre o Hamas e Gaza.

Entre o que ele listou como falhas políticas de Netanyahu, Lifshitz destacou sua rejeição à solução de dois Estados e um acordo de 2011 que trocou mais de 1.000 prisioneiros palestinos, incluindo Yahya Sinwar, que se tornaria o líder do Hamas em Gaza e o mentor do ataque de 7 de outubro, por um soldado israelense sequestrado.

A entrega de hoje marca a primeira devolução de cadáveres durante o acordo atual e será seguida pelo retorno de seis reféns vivos no sábado. Até agora, 19 reféns israelenses foram libertados, assim como cinco tailandeses que foram devolvidos em uma transferência não programada.

As negociações para uma segunda fase, que deve incluir o retorno de cerca de 60 reféns restantes, dos quais se acredita que menos da metade esteja viva, e uma retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza para permitir o fim da guerra, devem começar nos próximos dias.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Algemeiner
Foto: FDI

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