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Descoberta pode atrasar doença de Parkinson

Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, juntamente com colegas do Reino Unido e da Alemanha, disseram ter encontrado biomarcadores em camundongos que ajudam a detectar o acúmulo de uma proteína que está ligada ao desenvolvimento da doença de Parkinson.

A descoberta poderia permitir a detecção precoce e tratamento, ajudando potencialmente a “atrasar significativamente” a progressão da doença debilitante.

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa debilitante que afeta tudo, desde a fala, postura e marcha à digestão, sono, controle de impulsos e cognição. Os tratamentos atuais são capazes de aliviar alguns sintomas, mas ainda não há cura para a doença, que afeta cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo.

No momento em que um paciente é diagnosticado com doença de Parkinson, 50% a 80% das células na parte do cérebro chamada substantia nigra – responsável pela coordenação do movimento – já estão mortas, possivelmente devido ao desenvolvimento de toxicidade como resultado do acúmulo – ou agregação – da proteína alfa-sinucleína, uma característica da doença.

Estudando amostras do cérebro de camundongos afetados pela doença, os pesquisadores usaram microscopia e análise de super-resolução para encontrar “novos biomarcadores” associados à progressão da doença. Esses “biomarcadores” são estágios muito iniciais no acúmulo da proteína, algo que não era detectável antes, através de microscópios regulares “e isso, portanto, pode permitir o início do tratamento nos estágios iniciais da doença”.

As descobertas são “extremamente importantes”, porque se o acúmulo da proteína puder ser detectado em um estágio inicial, os médicos serão capazes de monitorar os efeitos das drogas.

Segundo os pesquisadores o próximo passo é tentar detectar esses biomarcadores de maneira não-invasiva em pacientes humanos com doença de Parkinson e em seus familiares. “Ao detectar agregados usando métodos minimamente invasivos em parentes de pacientes com doença de Parkinson, podemos fornecer detecção e intervenção precoces e a oportunidade de rastrear e tratar a doença antes que os sintomas sejam detectados”, disse ele.

A ideia é “detectar a doença de forma precoce e não invasiva, sem a necessidade de fazer amostras do cérebro para encontrar os biomarcadores. Queremos ser capazes de detectar esses agregados, talvez na pele, no sangue ou em outros fluidos”, concluiu.

 

 

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