Acordo de reféns pode ser finalizado em breve
Fontes envolvidas nas negociações em andamento entre Israel e o Hamas sobre a libertação de reféns israelenses em Gaza revelaram ao Haaretz, no domingo, que o número final de reféns a serem libertados na fase humanitária do acordo continua incerto.
Desde que as discussões em torno de um potencial “acordo humanitário” começaram, vários reféns que deveriam ser incluídos no acordo foram mortos em cativeiro, de acordo com as fontes. Além disso, a condição de outros reféns, que não estavam na lista original para libertação, teria piorado.
Apesar desses desafios, as fontes acreditam que os dois lados ainda poderão finalizar um acordo nas próximas semanas.
Se for bem-sucedido, o acordo poderá ser implementado na época da posse do presidente eleito Donald Trump, em janeiro, disse a reportagem do Haaretz.
Na sexta-feira, pela primeira vez desde o início da atual rodada de negociações, fontes árabes palestinas envolvidas nas negociações sobre um acordo de libertação de reféns expressaram otimismo cauteloso sobre as chances de chegar a entendimentos que possam levar a um acordo.
As fontes disseram à TV Kan que há uma pressão dupla efetiva do Catar e do Egito para chegar a um acordo, com os Estados Unidos pressionando intensamente os mediadores. As fontes árabes palestinas notaram que a Turquia, que recentemente se envolveu mais no assunto, está encorajando e pressionando o Hamas a chegar a um acordo com Israel.
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As fontes mencionaram uma sensação de fadiga por parte do Hamas, mas também alegaram ter visto fadiga do lado de Israel. Essas condições, elas disseram, criam um entendimento de que a pressão, o encorajamento e a fadiga de ambos podem levar a um avanço nas negociações.
Na última quinta-feira, o The Wall Street Journal também informou que o Hamas está se aproximando de um acordo com Israel.
Pela primeira vez, segundo a reportagem, o Hamas indicou que concordaria com um acordo no qual as tropas israelenses permaneceriam estacionadas em Gaza, inclusive no Corredor Filadélfia, perto da fronteira sul.
Também forneceu uma lista dos reféns restantes aos mediadores, uma medida que recusava desde que o primeiro cessar-fogo fracassou.
Durante rodadas anteriores de negociações indiretas entre Israel e o Hamas, os Estados Unidos vinham pressionando por um plano de acordo de cessar-fogo e libertação de reféns que o presidente Joe Biden apresentou em maio. O Hamas rejeitou essa proposta e todas as outras propostas que lhe foram apresentadas.
Mais recentemente, o Hamas divulgou uma declaração oficial, dizendo que está interessado em um acordo para acabar com a guerra que começou depois que lançou um ataque a Israel em 7 de outubro de 2023.
Entretanto, nessa declaração, o Hamas insistiu novamente que qualquer acordo deve incluir o fim da guerra e uma retirada total das forças israelenses de Gaza.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel National News
Foto: Revista Bras.il