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A UNRWA corrupta: privilégio dos refugiados palestinos

Por David S. Moran

Exatamente, hoje, há 72 anos, o chanceler brasileiro Oswaldo Aranha, presidindo a Assembleia Geral da ONU, bateu com o martelo (exposto no Kibutz Bror Chail) aprovando a resolução 181, da Partilha da Palestina em dois estados: judeu e árabe. Os judeus aceitaram, os árabes a rejeitaram e 7 países árabes invadiram a área para destruir o que seria o Estado Judeu. Desde então o Estado de Israel teve um progresso ímpar, enquanto os refugiados árabes, que passaram a se denominar palestinos, continuam confinados em campos de refugiados, nos países árabes e em território que era da Jordânia, atualmente controlado por Israel.

Por meio de terror, iniciado em 1964, e a influência dos países árabes e muçulmanos (a Organização de Cooperação Muçulmana tem 57 países, inclui os 22 da Liga Árabe e a Autoridade Palestina) surgiu na década dos anos 70 do Século XX, o termo palestino nos anais da ONU.

Só depois da Convenção da Liga Árabe, em Rabat, em Outubro de1974, foi outorgada para a Organização de Libertação da Palestina (OLP) a exclusividade de representá-los, no lugar da Jordânia.

Os palestinos gozam de privilégios de muitas organizações e de países, ou indivíduos que, sem conhecimento da causa, os promovem. Exemplo disso é a fundação da UNRWA, exclusiva para tratar dos refugiados árabes da Palestina, enquanto os refugiados do mundo todo tem outra agência, a ACNUR. Outro exemplo é, por exemplo, a atuação de deputados da esquerda que promovem o dia de solidariedade com o povo palestino, como atualmente nas Assembleias Legislativas em Porto Alegre e em Florianópolis. Absurdo maior foi autorizar o arqui-terrorista palestino, Yasser Arafat, que promovia terror em Israel e no mundo a ser convidado, em 1974 e entrar no recinto da Assembleia Geral da ONU, armado com revólver a tiracolo.

UNRWA

Na sexta passada (15) a Assembleia Geral da ONU prorrogou as atividades da Organização em três anos, com a oposição de Israel e dos EUA. Sete países se abstiveram e 170 votaram a favor. Os opositores queriam prolongar o mandato da UNRWA, em apenas um ano, devido às acusações de corrupção na organização.

Israel acusa a UNRWA há dezenas de anos de não cumprir sua missão e de ser corrupta. Em agosto vazou ao jornal Al Jazeera, relatório que investigava a Agência e dele transpirou que o Comissário Geral desde 2014, Pierre Krahenbuhl participava e permitiu corrupção. Entre elas, assédios sexuais impróprios, nepotismo, represálias, discriminação e outros abusos. Depois que os EUA pararam sua ajuda considerável à Agência, Pierre continuou suas viagens extravagantes pelo mundo na companhia da Maria Muhamadi, sua amante, promovida a alto posto. Pierre imediatamente renunciou “por motivos pessoais”. O Secretário Geral da ONU, Antônio Guterres agora está estudando outras alternativas. Para o Ex-embaixador de Israel na ONU, Ron Prossor, “chegou a hora de mesclar a UNRWA dentro da ACNUR… esta Agência trata dos refugiados do mundo todo e tenta resolver e não perpetuar o problema”.

Guterres pediu a ONGs pró-israelenses lhe apresentar sugestões de modelos de substituição para a organização. Entre outros, encontrou o Dr. Aharon Gross, que traduziu os livros de estudos nas escolas da UNRWA, que promovem a destruição de Israel e morte aos judeus. Agência de Assistência e Trabalho (nome oficial da UNRWA) tem que reabilitar os refugiados e não lhes perpetuar o status de refugiado (já na quarta geração). Como diz o Prof. Alan Dershowitz, jurista e professor em Harvard: “parem de chorar e vão em frente” (“move on”). Os partidos da direita em Israel estão apresentando projeto de lei para terminar, a partir de 2020, o funcionamento da UNRWA no território do Estado de Israel. A alegação é que a UNRWA serve de plataforma para incitar e educar contra o Estado de Israel. Nas escolas da organização estudam antissemitismo, promovem os terroristas que assassinaram mulheres e crianças, além de servirem para acobertar terroristas e suas ações, como foi na Operação Penhasco Firme. Nos mapas escolares da UNRWA, o Estado de Israel não existe.

ACNUR versus UNRWA

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) foi fundado em 1950 e trata de todos os refugiados do mundo, com exceção aos privilegiados palestinos. Atualmente a ACNUR (UNHCR, em inglês) trata de 68,5 milhões de refugiados. Recebe verbas de 3,6 bilhões de dólares e emprega cerca de 8.000 funcionários atuando em 126 países. Em cerca de dois anos, não mais trata dos refugiados, que têm duas alternativas: absorção no país em que estão ou naquele que estiver disposto a acolhê-los, ou voltar a sua terra original, se as condições mudaram e o permitem. A UNRWA, que é a Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados Palestinos, que ela estima em 5,5 milhões, tem verba anual de 1 bilhão de dólares e 30.000 funcionários, mais de 90% são palestinos. A verba para cada refugiado palestino é quatro vezes maior do que dos demais refugiados.

Em 1947-48, cerca de 700.000 árabes foram incitados pelos países árabes que invadiram a região para liquidar o recém-criado Estado Judeu e lhes pediram para ir e “voltar em poucas semanas e receber as casas dos judeus”. Israel venceu a guerra e eles não voltaram. Os privilegiados palestinos são os únicos refugiados do mundo cujos cônjuges, mesmo não sendo da antiga Palestina, e seus descendentes adquirem o status de refugiados. Isto inclui os refugiados que foram absorvidos e até receberam cidadania plena do país acolhedor, como por exemplo, no Brasil e outros. Após 72 anos, a maioria dos “refugiados” já são de até 4ª geração e moram na Jordânia (2 milhões), Faixa de Gaza,(1,2 milhão), Cisjordânia (750 mil), Síria (500 mil), Líbano (441 mil), dados da própria UNRWA, de 2014, totalizando 5 milhões. Estes números são contestados, por serem de interesse para receber mais verbas. Por exemplo, o censo libanês de 2018 apurou que o número de palestinos no país é 66% menor, 300 mil não existem.

A ACNUR relatou que mais de três milhões de venezuelanos deixaram seu país até o fim de 2018. Cerca de 500 mil pediram asilo, mais de um milhão obtiveram status legal diferente, dos países colhedores, inclusive no Brasil.

Se quisessem, o problema dos refugiados palestinos poderia ser resolvido, como o foi de outros refugiados. Os países irmãos árabes de riqueza incalculável, podiam absorver e levar a frente os novos cidadãos. No entanto preferiram confiná-los em campos de refugiados, sem lhes dar direitos mínimos. A única exceção é a Jordânia. Os países árabes usam os palestinos para seus próprios fins. Em 1980, o Kuwait empregava 300 mil palestinos. Com a invasão do Iraque a este país, Yasser Arafat apressou-se em lhe dar apoio e em consequência os palestinos foram expulsos do Kuwait.

Na guerra, infelizmente todos perdem, mas há os que perdem mais. No caso das guerras com Israel, os árabes perderam e tem que arcar com as consequências.

Na mesma época em que o Mandato Britânico na Palestina terminou e o Estado de Israel foi criado, os ingleses deixaram a região da Índia e do Paquistão. Com a declaração da independência destes países, houve migração de 50 milhões de muçulmanos e hindus, de um país a outro, por motivos religiosos. Onde não houve solução, Cachemira, até hoje há litígios entre soldados do Paquistão, muçulmano, e da Índia, hindu. Os dois países têm armas nucleares. Há mais casos. Depois que a China ocupou o Tibete, milhões fugiram para a índia, inclusive o Dalai Lima e fundaram o governo tibetano no exílio. Na década de 1980, o Paquistão absorveu, com ajuda financeira dos EUA, milhões de afegãos que fugiram do seu país devido à invasão russa.

No final da II Guerra Mundial, milhões de judeus emigraram da Europa, inclusive para o recém-criado Estado Judeu. Assim foram obrigados a fazer cerca de 800 mil judeus de países árabes, que após séculos de vida conjunta, pela criação do Estado de Israel, foram perseguidos e discriminados e a maioria emigrou para a Terra Prometida.

Exemplo de atitude que tem que ser eliminada

No dia 30/7/2019, o órgão oficial da Irmandade Muçulmana, publicou artigo escrito por Khatem A’ish, ex-dirigente da União dos Professores da UNRWA e que foi dos alunos de Abdullah Azam, dos fundadores da Al Qaeda. É intitulado “Carta Aberta aos líderes árabes”.

Entre outras ele acusa os líderes Ocidentais de empossar líderes corruptos nos países árabes e islâmicos com o propósito de oprimir os povos daí, deixá-los enfraquecidos, subdesenvolvidos e dependentes do Ocidente e dos seus interesses. O Ocidente deturpa propositadamente o islão, implantando imãs extremistas que incentivam ao terror, para provar ao mundo que o perigo vem do islão. Se estas e outras besteiras o ex-presidente da União dos Professores ensinava e continuam a estudar nas escolas da UNRWA, a paz não virá por aí.

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