A oportunidade é agora, diz fórum das famílias
O Fórum de famílias disse que “a janela de oportunidade é agora” e exigiu que os 59 cativos restantes sejam devolvidos até 9 de março.
Os protestos semanais a favor do acordo de reféns e contra o governo devem atrair milhares de israelenses, na noite deste sábado, quando o 42º e último dia da primeira fase do acordo de cessar-fogo em Gaza chega ao fim.
As famílias de Shlomo Mantzur e Itzik Elgarat, dois dos quatro prisioneiros mortos que retornaram a Israel na quinta-feira de manhã, na libertação final de reféns da primeira fase, anunciaram que seus entes queridos seriam enterrados em cerimônias fechadas no domingo e na segunda-feira, respectivamente.
De acordo com o Gabinete do Primeiro-Ministro, Mantzur foi assassinado em 7 de outubro de 2023, enquanto os outros três foram assassinados em cativeiro.
“A janela de oportunidade é agora”, disse o fórum. “Se um acordo não se materializar nos próximos dias, condenaremos os reféns à morte e perderemos a capacidade de localizar e recuperar os cativos mortos”.
O comício planejado para sábado em Tel Aviv deve contar com discursos de Michel Illouz, pai de Guy Illouz, de 26 anos, que morreu no cativeiro do Hamas, após ser sequestrado no festival Nova; Liron Oberlander, primo do refém Rom Braslavski , que trabalhava como guarda na rave; Roni Adar, irmã do prisioneiro morto Tamir Adar, que foi morto em batalha contra os terroristas e levado para Gaza; e Mor Korngold, irmão de Tal Shoham, um dos seis prisioneiros vivos que o Hamas libertou no último sábado.
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Também está escolhido para falar Ilan Dalal, pai de Guy Gilboa Dalal, que foi sequestrado na festa Nova. As famílias de Dalal e do companheiro de cativeiro Evyatar David receberam um último sinal de vida de seus entes queridos, durante a libertação dos reféns no último sábado, quando o Hamas publicou um vídeo deles assistindo aos outros cativos serem libertados.
Ilan Dalal disse ao Canal 12 que o vídeo era “o melhor sinal de vida que eu poderia pedir, mas, por outro lado, não há nada mais cruel”. “Não é surpreendente porque é o Hamas, mas é um novo nível de tortura”, disse ele.
Junto com a manifestação na Praça dos Reféns de Tel Aviv, o fórum de famílias realizará comícios menores por todo o país, incluindo em Jerusalém e no cruzamento de Sha’ar Hanegev, no sul.
Em Tel Aviv, uma outra manifestação contra o governo será realizada na rodovia Begin, em frente à sede das FDI. O comício geralmente atrai cerca de 1.000 pessoas, incluindo famílias de reféns e legisladores da oposição, e Einav Zangauker, mãe do refém Matan Zangauker.
Na sexta-feira, o The New York Times publicou um artigo de amplo alcance sobre Zanguaker, referindo-se à “mãe angustiada” de Sderot como “a inimiga mais feroz de Netanyahu”.
Centenas de manifestantes devem marchar no sábado até rodovia Begin, após uma manifestação na Praça Habima, que contará com discursos de Shahar Mor, sobrinho do prisioneiro morto Avraham Munder, e da parlamentar Meirav Cohen, do partido de oposição Yesh Atid.
Grupos antigovernamentais disseram que começariam, no domingo, uma campanha de desobediência civil de vários dias em Jerusalém para exigir que Israel “avance para a fase dois” do acordo de reféns.
Na primeira fase do acordo, o Hamas libertou 33 mulheres, crianças, homens civis com mais de 50 anos e aqueles considerados “casos humanitários”, em troca de cerca de 1.900 prisioneiros palestinos. Vinte e cinco dos reféns foram libertados vivos e oito estavam mortos. O Hamas também libertou cinco cidadãos tailandeses não incluídos no acordo.
As negociações para a segunda fase começaram no Cairo, na quinta-feira, depois da recusa do primeiro=ministro Benjamin Netanyahu em iniciá-las em 3 de fevereiro, no 16º dia da primeira fase, conforme estipulado pelo acordo.
Romi Gonen, que retornou na primeira libertação de reféns da fase atual, escreveu no Instagram, no sábado, que foi “o primeiro Shabat desde que voltei que nenhum de nossos irmãos e irmãs retornou”. “Há um aperto na minha garganta”, ela escreveu. “Cinquenta e nove reféns ainda estão presos e esperando para voltar para casa. Eu estava lá, eu sei, eles não têm tempo”, disse Gonen, acrescentando que o acordo e as liberações “não devem parar”.
“É triste que mesmo depois que os reféns saíram e o mundo inteiro viu o estado deles, ainda precisamos lutar pelo óbvio. Continue a lutar, continue a rezar, no final, o bem sempre vence”.
Grupos terroristas na Faixa de Gaza mantêm 59 reféns, incluindo 58 dos 251 sequestrados por terroristas liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Eles incluem os corpos de pelo menos 35 mortos confirmados pelas FDI.
O grupo terrorista libertou 105 civis durante uma trégua de uma semana no final de novembro de 2023, e quatro reféns foram libertados antes disso, nas primeiras semanas da guerra.
Oito reféns foram resgatados vivos do cativeiro pelas tropas, e os corpos de 41 também foram recuperados, incluindo três mortos por engano pelos militares israelenses enquanto tentavam escapar de seus captores, e o corpo de um soldado que foi morto em 2014.
O corpo de outro soldado morto em 2014, o tenente Hadar Goldin, ainda está em poder do Hamas e é contado entre os 59 reféns.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Alon Gilboa (Pro-Democracy Protest Movement)