A ingênua Europa
Em Israel o calor nestes dias é infernal, entre 30 e 40 graus. Acabo de voltar da Europa, que também está na primavera, a apenas um mês de entrar no verão, mas lá é frio. Na Holanda e na Bélgica a temperatura variava entre 18 a 10 graus.
A Europa é pacata, não tem grandes problemas, muito menos existenciais. O que preocupa um pouco os europeus são os imigrantes e principalmente os muçulmanos. A Europa é tão ingênua e pacata que você passa de um país a outro, como foi no meu caso da Holanda para a Bélgica e vice versa, sem ser parado na suposta fronteira. Suposta, porque você nem sabe onde passa.Não há placa, posto policial e nem mesmo da aduana. Até para passar a ponte da Amizade de Foz de Iguaçu para Ciudad del Leste, o passageiro tem que apresentar documento.
Para quem vive em Israel isto é muito estranho, pois nos vivemos numa área hostil e mesmo para viajar a Jordânia ou ao Egito, temos que apresentar documentos e passar sérias verificações. De Israel para estes dois países você pode viajar no seu carro particular, mas envolve muita burocracia, despesas e troca de placas (provisória). Quer dizer que não há livre transito de Israel a seus vizinhos por terra, a não ser que vá com turismo organizado num ônibus, que na Jordânia ou no Egito é trocado por ônibus local.
A ingenuidade europeia é o seu pensamento que todo o mundo se comporta como ele. É difícil explicar a uma pessoa simples que há lutas, guerras e que você tem que estar atento. Apesar disso, vi em Bruxelas soldados (e não de chocolate) em traje completo de combate, em áreas centrais da capital. O mesmo ocorre no aeroporto de Schiphol, em Amestrdam.
Visitando Amsterdam e principalmente cidades pequenas como Bruges, Harlem e outras, o turista se deslumbra com as igrejas e catedrais, mesmo da época medieval. São construções magistrais, enormes e de muita riqueza.Traços centenários da Europa cristã e do poder da Igreja. Os vestígios estão aí, mas por quanto tempo ficarão como estão?
Lembro que há anos fui ouvir gospel numa igreja em Harlem, NY. Foi maravilhoso, mas estranhei a construção. Na igreja havia dois andares e o segundo me lembrava o andar onde mulheres judias rezam. De fato, esta igreja evangélica era uma sinagoga e depois que os judeus deixaram o bairro, a comunidade vendeu o imóvel.
Os muçulmanos vão à Europa em quantidades, cada família tem em média sete filhos, enquanto o europeu tem um. Concentram-se numa área e compram um imóvel para torná-lo uma mesquita (vide foto acima da Mesquita Badr, numa região predominantemente muçulmana). No início seguem as regras locais, como neste caso em que tomaram o imóvel como era e foram proibidos de construir o minarete e a chamar os fieis por alto falantes.
Depois, concentrados num bairro, se apoderam também politicamente e passam as leis que lhes sejam convenientes. Como foi o caso do partido muçulmano DENK, criado há apenas quatro anos e que já se apoderou de certas áreas onde tinham vereadores de partidos esquerdistas. Em 14 de julho de 2018, seu líder, Tunhan Kuzu, de origem turca, disse a uma emissora de rádio: ”Se os holandeses não gostam de uma Holanda em mudança, na qual vivem pessoas de diferentes culturas… que se mudem, que deixem a Holanda se não gostam de diversidades”. Aí está a síntese do islamismo que não é só uma religião, trata-se de um meio de vida, cultura, etc e quem não se adequada a ele que saia da frente.
Os muçulmanos não tentam se assimilar à vida local. Falam entre si em árabe ou turco, dependendo do país de origem. Alguns, principalmente algumas ingênuas nativas, se apaixonam por um muçulmano e veste-se com a burca e tudo. Na década de 70 ou 80 do século passado, Israel abortou uma tentativa de explodir avião da Swissair, quando uma passageira europeia recebeu do noivo presente para entregar aos seus pais na Cisjordânia e ele chegaria no dia seguinte. Só que o presente era uma bomba que ela nem imaginou que seria seu fim, sem a segurança de Israel. Não é regra, mas pode acontecer. As culturas diferentes trazem tragédias como foi relatado no filme baseado em fatos reais “Não sem a minha filha”.
O Islã está conquistando partes da Europa pacificamente, sem guerras, mas com segurança. Isto apesar de que a Europa não lhes pertence, nem pelo clima frio e os trajes que os cobrem, muito menos pelos longos dias (a noite cai depois das 21:30h) que eles tem que jejuar no mês de Ramadã.
Não surpreende que a Direita politica europeia se fortalece, pois em cada país os nativos que lé vivem há centenas ou milhares de anos, querem continuar do mesmo modo. O que perturba é que a ingenuidade, junto com o número crescente de muçulmanos (Bélgica 5%, Holanda 6,5%) que fazem a propaganda anti-israelense, leva muitos a crer que Israel é o problema do Oriente Médio. Na competição da Eurovisão, que foi realizada na semana passada vieram delegações de cerca de 40 países. Eles se deslumbraram ao encontrar um país bem diferente do que imaginaram e de como lhes era retratado nos meios de comunicação que consumiam.
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