A democracia palestina
Por David S. Moran
O Estado de Israel está a pouco menos de três meses das eleições para a Knesset e os partidos estão se reestruturando e lutando para obter o máximo de votos, para poder constituir um governo estável.
Enquanto isto a Autoridade Palestina, em seus 29 anos de existência só teve dois governantes. Yasser Arafat até 2004, quando morreu e Mahmoud Abbas, de 85 anos, doentio e que ainda está no poder e não prepara sucessor.
Apesar de muitos países reconhecerem o governo da Autoridade Palestina (AP) esta perdeu prestígio com o tempo. É incrível que países ocidentais em geral e europeus em particular, que tanto se preocupam com democracia, direitos humanos, direitos dos gays e liberdade religiosa, continuem financiar governos palestinos corruptos e nos fóruns internacionais condenem o Estado de Israel e, com respeito a Autoridade Palestina, nada.
Mahmoud Abbas segura as rédeas do poder a sete chaves e sabe a razão. Já em junho correram boatos de que ele morreu. Ainda não morreu, mas está mal da saúde. Ele foi medicado também em hospitais israelenses, mas isto não lhe impede de acusar Israel de matar palestinos muçulmanos e cristãos, para tentar aumentar seu prestígio com o Ocidente.
A ONG “Observador da Mídia Palestina” (PMW, em inglês) publicou um relatório acusando Abbas de tomar decisões nos últimos quatro anos para acabar com a dita democracia palestina. Esta não existe. Em 2006, quando tentou desenhar uma tentativa de democracia na Faixa de Gaza, o seu movimento, Fatah, foi surpreendido com a vitória da organização radical islâmica, Hamas, que, em 2007, apoderou-se do governo, jogou ativistas da Fatah dos tetos para baixo e assim a AP só governa partes da Cisjordânia. Mesmo assim, para manter um vínculo, a AP continua pagar salários aos terroristas palestinos, que foram mortos, ou estão em prisões israelenses. Veja abaixo a tabela de salários.
Voltando a implementação da “demo ditadura” da OLP. O primeiro passo foi passar o poder do Conselho Nacional Palestino à Comissão Central palestina, que tem menos representantes. Em dezembro de 2018, Abbas dissolveu o Conselho Nacional Palestino, que servia como o “parlamento”. Vale a pena lembrar que desde 2006 não há eleições para os palestinos.
Em fevereiro de 2019 Abbas abandonou a Constituição palestina, que emanava o poder e a trocou pela Constituição da OLP. Assim só a Fatah poderá governar. Em 2021, Abbas cancelou as eleições para o posto máximo da AP no qual está desde 2006.
Quando o presidente americano Biden o encontrou em Beit Lehem (Belém), em 15/07/2022, ele lhe disse para terminar com a corrupção na AP para pedir ajuda. Os demais países, inclusive europeus, exigem de todos, ordem democrática e direitos, mas não as exigem da Autoridade Palestina.
A corrupção, empregar os familiares e combater opositores na AP são atos bem conhecidos. Organizações de Direitos Humanos locais ou internacionais não podem atuar ali pois não tem nenhuma proteção. A Cadeia em Jericó é um centro de torturas psicológicas e físicas. Presos que estiveram ali relatam torturas como pauladas em todo o corpo, cobrir a cabeça, amarrar as mãos atrás das costas por horas, não dar comida, impedir encontro com advogado, ameaças de estupro e até ameaçar familiares.
Os países europeus passaram aos palestinos montanhas de dinheiro, muito maiores do que os países árabes “irmãos”. Ninguém pergunta para onde foi este dinheiro todo. O ex-Ministro da Informação do Kuwait escreveu, recentemente (08/07/2022), artigo no jornal Independent Arabia onde acusa a liderança palestina pelo sofrimento do povo palestino, devido a divisão entre eles, a corrupção e por ver nos regimes do Iraque e Irã um modelo.
Nos anos 90 do século passado, o líder palestino Yasser Arafat, carismático com a “kefia” (o lenço árabe) e por ser mais autoritário deu a impressão de que queria fazer tratado de paz com Israel. Lembramos a cena em Camp David, com o presidente Clinton e o primeiro ministro Ehud Barak, em brincadeira empurrando Arafat para assinar o tratado de paz. A raposa palestina enganou a todos, recebeu e nada deu.
Até agora, nas escolas palestinas, bancadas também pela UNRWA (entidade da ONU criada para tratar só de refugiados palestinos) ensinam o ódio aos judeus e que têm que destruir Israel.
Todos já se preparam para os possíveis herdeiros da liderança palestina depois do Abbas. Este não indica herdeiro, mas já indicou um favorito, Hussein al-Sheik, para o cargo de Secretário Geral do Executivo da OLP. Ele acompanha Mahmoud Abbas nos seus encontros e é seu homem de confiança.
Outro homem forte da AP é Majed Faraj, atual Chefe do Serviço de Inteligência palestino. Tem personalidade forte e dominante e prefere manter-se no escuro. Há mais alguns outros como Jibril Rajoub, o atual premier palestino, Muhammad Ashtia, conhecido por seu radicalismo contra Israel. Marwan Bargouti, que está na prisão com cinco sentenças de cadeia enquanto viver e Muhammad Dahlan, que é da Faixa de Gaza, oponente de Abbas e ligado ao presidente egípcio e ao príncipe herdeiro dos Emirados.
Até hoje, os países ocidentais pouco exigiram da Autoridade Palestina. Todos sabem e conhecem as violações dos Direitos Humanos, da perseguição aos gays, a falta de liberdades civis, a falta de liberdade de expressão, falta de democracia, mas a Autoridade Palestina não é exigida a cumprir essas bases democráticas.
Até os países árabes estão fartos do governo palestino. Recentemente realizou-se uma Conferência de países árabes. Abbas implorou para estar lá, não o quiseram ouvir.
O cinismo reina nesta parte do mundo. O cúmulo é que se não fosse Israel, os palestinos não sobreviveriam. Não teriam emprego, hospitais, nem verbas.
Foto: Martin Schulz (Flickr)
Resumindo; todos os governos de israel, desde a sua criacao ate o dia de hoje sao uns imbecis que dao poder e dinheiro aos que odeiam os israelenses!!!! E o pior e que ainda tem partidos que culpam Israel por nao ter paz!! Sao os mesmos imbecis que recebem milhoes de euros dos paises europeus para atacar israel… Lapid, Meretz, Gantz e outros soa os traidores de Israel!