A ajuda humanitária de Israel à Turquia
Por David S. Moran
Uma frente fria chegou a Israel que, copiando os EUA, recebeu um nome, Barbara. Os ventos uivavam, a chuva caia do céu, as vezes com mais força, outras com menos, mas o frio estava abaixo do normal nesta época do ano.
Mas como já disse o Prof. Albert Einstein, “tudo é relativo”. Nós reclamamos do frio, mas isto em nada se compara a tragédia que assolou o sudeste da Turquia. Abalos sísmicos destruíram milhares de edifícios, soterrando pessoas. A terra tremeu também na Síria, de onde é mais difícil obter dados e, em escala menor, até em Israel. Aqui não houve danos humanos ou materiais.
Logo ao obter informações da magnitude da tragédia, formou-se a Operação Ramos de Oliveira. Equipes de salvamento israelenses, prepararam-se, com material para ajudar no que fosse possível os turcos. Grupos das Forças Armadas de Israel, do Magen David Adom (a Estrela de David Vermelha, equivalente israelense à Cruz Vermelha), Hatzala e outros reuniram-se com centenas de toneladas de equipamento. Israel tem a maior presença. 600 pessoas, entre médicos, paramédicos, enfermeiros, engenheiros e pessoal especializado em buscas estão nas regiões mais afetadas. Já tiraram dos escombros algumas pessoas, inclusive um garoto de 7 anos, que foi salvo na quinta feira (9) ao meio dia. As buscas são efetuadas com cães adestrados, drones que do ar, com meios térmicos, conseguem “enxergar” se há pessoas vivas. É uma correria contra o tempo e com o passar das horas, a chance de encontrar pessoas vivas diminui. De vez em quando, pede-se a todos em volta para ficarem calados, para tentar ouvir pessoas pedindo socorro.
Com o passar do tempo, o número de vítimas fatais vai aumentando. Nessas horas já se fala em cerca de 18 mil mortos e dezenas de milhares de feridos.
Os dados da Síria são muito vagos e incertos. Israel se prontificou a estender auxílio aos sírios, mas o orgulho do ditador Assad não o deixou aceitar. A Rússia pediu ajuda israelense para a Síria, provavelmente em nome de Bashir al Assad. Israel, já estendeu ajuda humanitária a sírios, durante a guerra civil que causou a morte de mais de 500 mil pessoas e o deslocamento de milhões de suas casas. Israel tem interesse em de atender o pedido russo, pois o exército russo que está presente na Síria permite a aviação israelense voar num corredor aéreo na Síria, quando opera na fronteira síria iraquiana para abortar comboios de transporte de material bélico do Irã para as suas proxies: Hizballah, Jihad Islâmico e Hamas.
Não foge da vista israelense o imediato atendimento iraniano em ajudar o noroeste sírio. O Irã é bem capaz de aproveitar a situação do terremoto na Síria para, nos aviões de “ajuda”, levarem também componentes inteligentes e armamento aos seus cúmplices, a serem usados contra o Estado Judeu.
Na Turquia, a equipe israelense abriu um hospital de campanha, que com os médicos e enfermeiras israelenses atenderão milhares de feridos, tentando salvar o maior número de pessoas possível. Até o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, viajou à região da catástrofe e também presenciou o trabalho dos anjos das Forças Armadas de Israel, que trabalham 24 horas diárias para salvar o quanto mais de crianças, mulheres e homens. Tudo isto num frio danado e com neve caindo e pintando tudo de branco. Como diz o provérbio judaico: “Quem salva uma alma, é como se salvasse o mundo inteiro”.
Mesmo assim, o presidente turco é um islamista que não é favorável a Israel, apesar das relações comerciais entre os dois países serem bastante extensas, cerca de 8 bilhões de dólares anuais. Ao mesmo tempo, Erdogan continua agir contra Israel e a favor do islamismo radical, e até financiando escolas e órgãos islamistas em Jerusalém, que pregam o ódio a Israel (escrevi a respeito na resenha da semana passada). Vale a pena lembrar que, até a tomada do poder de Erdogan, Israel e a Turquia tinham ótimas relações e cooperação. Estas relações foram deteriorando com os discursos e atividades anti-israelenses de Erdogan. Ele agora está em campanha eleitoral para as eleições de maio deste ano. Ele governa a Turquia já há 20 anos. Em 2003 foi eleito primeiro-ministro e, desde 2014, na qualidade de presidente da Turquia.
A população turca vê e agradece ao Estado de Israel pelo auxilio que enviou (e não é pela primeira vez). Há jornalistas e formadores de opinião pública turcos que dizem agora ver quem é amigo real dos turcos (Israel). Mas, há outros que insinuam “o inimigo está aqui” dizendo que sempre nos disseram que Israel é aliado da Grécia, portanto é inimigo da Turquia e agora age entre nós.
O pequeno Estado de Israel (em tamanho) é dos primeiros países que envia equipes de salvamento a todas as partes do mundo. Inclusive, esteve no Brasil por ocasião do desastre em janeiro de 2019, da queda da barragem de Brumadinho (MG). Mesmo assim, há políticos que são vesgos ou cegos e querem ver uma outra realidade, apoiando os que apoiam o terrorismo mas têm dinheiro, mesmo com ideologia oposta.
Foto: FDI
Am Ysrael Chay – viva Ysrael!