7 de outubro: uma data para não esquecer
Israel lembra hoje o primeiro aniversário do ataque de 7 de outubro realizado por terroristas do Hamas, o mais mortal na história do país, que chocou a nação e desencadeou a guerra em Gaza.
Há um ano, terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina invadiram o sul de Israel por ar, terra e mar, matando mais de 1.200 israelenses e estrangeiros, fazendo 251 israelenses reféns, com 101 delas ainda detidas em cativeiro, e lançando Israel em um ano sem precedentes de ameaças, ataques, assassinatos, protestos e guerra.
O “Sábado Negro”, foi o maior assassinato de judeus desde o Holocausto. O massacre realizado pelos terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica, ambos conhecidos representantes terroristas do Irã, foi um dos maiores e mais sangrentos atos terroristas internacionais. Civis de vários países foram mortos e/ou feitos reféns, incluindo: Estados Unidos, Reino Unido, França, Tailândia, Rússia, Alemanha, Áustria, Ucrânia, Argentina, Canadá, Romênia, Portugal, China, Filipinas, Austrália, Azerbaijão, Bielorrússia, Brasil, Camboja, Chile, Colômbia, Eritreia, Estônia, França, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Moldávia, Nepal, Paraguai, Polônia, Romênia, Sri Lanka, Sudão, Suíça, Tanzânia, Uzbequistão, Hungria e Dinamarca.
Sábado, 7 de outubro de 2023, marcava tanto o Shabat quanto o feriado de Simchat Torá em Israel. Às 6h30, 2.500 foguetes foram disparados em direção a Israel. Não apenas as cidades perto de Gaza foram atingidas, mas também cidades a dezenas de quilômetros da Linha Verde. Sirenes dispararam no sul do país, bem como em Tel Aviv e Jerusalém. O ataque causou enormes baixas civis, com ataques diretos em áreas residenciais, incluindo Ashkelon, Ashdod, Beer Sheva e Sderot.
Os terroristas usaram dispositivos explosivos e escavadeiras para destruir as cercas entre Israel e Gaza. No total, os terroristas romperam as cercas em mais de 100 lugares. Os terroristas alvejaram localidades ao redor de Gaza, onde realizaram uma invasão em larga escala e sequestraram reféns de suas casas e bases militares das FDI foram atacadas.
Os terroristas dispararam morteiros contra torres de guarda localizadas na linha de demarcação com Gaza e romperam a barreira de proteção. Alguns deles voaram para áreas civis em parapentes. Uma das unidades do Hamas conseguiu chegar à praia perto do Kibutz Zikim de barco, onde assassinaram 19 civis, que estavam acampados na praia, aproveitando o feriado judaico, e 8 soldados ao redor de Zikim.
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Terroristas motorizados se dirigiram ao Kibutz Be’eri. Ao longo do caminho, eles abriram fogo contra vários carros civis que passavam, matando motoristas e passageiros. Ao entrar na área do kibutz, os terroristas começaram a atirar e jogar coquetéis molotov e explosivos para incendiar casas e queimar famílias inteiras vivas. Alguns dos terroristas invadiram as casas, quebrando portas e explodindo as portas dos abrigos onde os civis se esconderam.
Entre as vítimas mortas e torturadas pelos terroristas em Be’eri estavam homens, mulheres e crianças pequenas, incluindo um bebê de um ano. Os terroristas filmaram suas ações em câmeras, documentando a brutalidade do ataque.
No posto avançado das FDI, perto do Kibutz Nahal Oz, usado para monitorar a fronteira entre Gaza e Israel, soldadas que serviam como Observadoras de Campo viram os terroristas se aproximando e tentaram se defender contra a infiltração. 160 terroristas explodiram os portões da base e invadiram o interior. Os terroristas cortaram a energia da base, desabilitando as câmeras.
Sessenta e seis soldados foram brutalmente mortos e torturados, incluindo 15 soldadas do 13º Batalhão da Brigada Golani, que estavam operando a vigilância. Sete soldadas foram feitas reféns. Vídeos filmados pelos próprios terroristas mostram sinais de tortura e outras formas de violência física nos corpos dos soldados. Eles são vistos levando os reféns para os carros, com manchas de sangue visíveis nas camisetas e calças das mulheres.
Ao mesmo tempo em que os terroristas tomavam o posto avançado, outros terroristas invadiram o Kibutz Nahal Oz, matando 15 pessoas e fazendo 8 reféns.
Enquanto milhares de foguetes eram disparados, os terroristas entraram no kibutz Nir Oz invadindo casas e atirando em famílias inteiras. Imagens de câmeras de vídeo no kibutz mostram claramente cenas de decapitação de civis israelenses do kibutz por terroristas do Hamas. Nir Oz foi um dos locais mais afetados pelo massacre de 7 de outubro. Mais da metade dos cidadãos do kibutz foram assassinados por terroristas do Hamas, e 80 foram feitos reféns.
No Festival de Música Nova, realizado perto do Kibutz Re’im, onde se encontravam cerca de 3.000 jovens do mundo inteiro, a música parou às 6:22h da manhã devido às sirenes e os disparos de foguetes. Terroristas do Hamas atacaram o local do festival, carregando armas automáticas, RPGs e granadas.
Alguns participantes do festival Nova se esconderam em tendas e carros, esperando que os terroristas não os encontrassem. Militantes do Hamas explodiram e atiraram em carros nos quais as pessoas tentavam se esconder ou escapar. Muitos correram em pânico para campos abertos, arbustos e ravinas, buscando refúgio no deserto, onde se esconderam por várias horas até que a ajuda chegasse.
Os terroristas atiraram não apenas em veículos, mas também em banheiros, tendas e outros abrigos onde as pessoas tentavam se salvar. Os feridos se esconderam entre os corpos dos assassinados. No total, 347 jovens foram assassinados no local do festival, com sinais de ferimentos de bala, facadas e outras formas de violência. Entre as vítimas estavam adolescentes e pessoas com deficiência. Além disso, 40 civis de diferentes países foram feitos reféns.
Por volta das 6h29, os terroristas entraram no Kibutz Kfar Aza usando parapentes, motocicletas e carros. Os terroristas utilizaram armas automáticas, granadas e facas durante sua infiltração nesta comunidade. Eles invadiram casas e mataram moradores no local. 19 pessoas foram feitas reféns e 200 pessoas foram mortas neste kibutz, incluindo 40 crianças. Muitas vítimas foram encontradas com as mãos amarradas atrás das costas ou decapitadas.
Por volta das 7h da manhã, os terroristas entraram na cidade de Sderot, atirando indiscriminadamente em prédios residenciais e veículos civis. Os terroristas invadiram a delegacia de polícia e mataram 35 pessoas entre policiais e civis.
Depois que os terroristas se barricaram dentro da delegacia e o local se tornou foco de violentos tiroteios com as FDI, foi dada a ordem para demolir o prédio com tiros de tanque e uma carregadeira militar, e os agressores acabaram sendo mortos. Sderot foi uma das cidades mais atingidas durante o massacre de 7 de outubro.
Ainda em Sderot, terroristas do Hamas mataram a tiros 13 idosos israelenses que haviam descido de um ônibus de turismo depois que uma sirene de ataque aéreo soou. Os corpos das vítimas mostravam sinais de tiros na cabeça, indicando que foram deliberadamente executados após o tiroteio inicial.
Na cidade de Ofakim a 24 km da cerca de segurança, os terroristas entraram usando veículos armados com RPGs, armas automáticas e granadas e começaram a atirar aleatoriamente em prédios e carros civis.
Além de atirar em infraestrutura civil e matar qualquer civil que pudessem encontrar, os terroristas fizeram civis reféns e os usaram como escudos humanos. Os terroristas mantiveram um casal por 22 horas enquanto as FDI realizavam uma operação de resgate, lutando simultaneamente contra os terroristas. O casal foi resgatado com sucesso, e os terroristas foram eliminados.
Às 7h da manhã os terroristas entraram no kibutz Nirim em motocicletas e caminhonetes, armados com RPGs, armas automáticas e granadas. Imediatamente começaram a atear fogo e atirar em casas e carros. Os terroristas encontraram forte resistência da primeira equipe de resposta do kibutz, que logo foi acompanhada por unidades das FDI. Após várias horas de combates intensos, o kibutz foi libertado dos terroristas. Ainda assim, cinco pessoas foram mortas e quatro foram sequestradas.
Por volta das 8h da manhã, os terroristas entraram no Kibutz Holit, atirando nos moradores indiscriminadamente. Muitas casas foram destruídas ou danificadas pela detonação de bombas e fogo. Treze moradores do kibutz foram mortos, incluindo mulheres e adolescentes.
O massacre realizado pelo Hamas em 7 de outubro envolveu inúmeras violações do direito internacional e das regras da guerra. Entre os crimes de guerra cometidos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica estão o assassinato em massa de civis, tomada reféns, bombardeamento indiscriminado, uso de escudos humanos, uso militar de infraestrutura civil.
Uma série de eventos memoriais estão planejados em todo o país para lembrar o ataque. O presidente Isaac Herzog começou o dia com um minuto de silêncio às 06h29, o momento em que o ataque começou, no Kibutz Reim, o local do festival de música Nova atacado por centenas de terroristas.
Fonte: Revista Bras.il a partir de FDI
Foto: Revista Bras.il